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Temos que melhorar – última parte.

Temos que melhorar – última parte.

OPA! Tudo beleza pessoal?

Esta publicação completa a série de publicações sobre a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizada em todas as capitais e divulgada no dia 28 de janeiro de 2020.

Agora vamos ver os resultados da pesquisa que considero mais importantes:

48% dos brasileiros admitem não fazer o controle do orçamento mensal.

Um dos muitos benefícios de controlar o orçamento mensal é conseguir identificar a composição da renda e das despesas e associar um valor a cada uma delas. A renda deve ser identificada em termos líquidos e em geral tem menos fontes que as despesas. Fontes muito comuns de renda são: o salário, o 13° salário, as férias, participação em lucros, bonificações, comissões, valores recebidos de aulas particulares, etc. Toda e qualquer fonte deve ser incluída.

O controle do orçamento também deve ser realizado para que as despesas sejam menores que as receitas, isto é, que se gaste menos do que se ganha.

18% dos consumidores nem sempre conseguem pagar as contas do mês.

Este resultado da pesquisa é uma consequência imediata do resultado anterior. Sem um controle do orçamento o risco de não conseguir pagar as contas do mês aumenta muito. O orçamento ajuda a reservar e destinar recursos para as contas mais importantes do mês (água, energia elétrica, aluguel, condomínio, etc.). Também ajuda a tomar decisões baseadas em comparações de valores (se você tem ou não tem dinheiro para comprar um determinado item este mês).

Gastos não essenciais podem impactar orçamento, mas são anotados com menor frequência.

Os resultados da pesquisa, ao que parece, indicam que não se dá a mesma atenção para os gastos essenciais e os gastos não essenciais. Muitos gastos não essenciais são de valores menores que os essenciais, mas quando a soma de todos pode gerar um valor significativo no final do mês.

48% estão ou estiveram com o nome sujo nos últimos 12 meses.

É o que acontece quando não se paga a dívida

Uma boa parte das dívidas pode ser evitada fazendo um planejamento, fazendo um orçamento mensal. Mas fazer o orçamento não é suficiente, é preciso acompanhar e avaliar.

Cai o número de quem consegue terminar o mês com dinheiro sobrando

Em outras palavras, o número de pessoas que no final do mês tem dinheiro sobrando diminuiu. Como se dizia a bem pouco tempo, está sobrando mês no fim do salário.

Já pensou nas consequências disso?

Uma situação preocupante! Ainda mais que vivemos um momento de crise econômica.

A pesquisa completa e a metodologia aplicada podem ser obtidas em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/pesquisas

Finalizando, vou recapitular os pontos que já vimos aqui no blog e de que a pesquisa também trata:

A importância da educação financeira https://opafinancas.com/a-importancia-e-aplicacoes-da-educacao-financeira/

Preparação do orçamento https://opafinancas.com/preparacao-do-orcamento/

Sobre consumismo, felicidade e educação https://opafinancas.com/sobre-consumismo-felicidade-e-educacao/

Um pouco sobre dívidas https://opafinancas.com/um-pouco-sobre-dividas/

Um pouco mais sobre dívidas https://opafinancas.com/um-pouco-mais-sobre-dividas/

Organizar primeiro a renda https://opafinancas.com/organizar-primeiro-a-renda/

Organizar as despesas https://opafinancas.com/organizar-as-despesas/

Você sabe com que gasta? https://opafinancas.com/voce-sabe-com-que-gasta/

Tem também outras publicações relacionadas com educação financeira que certamente vão te ajudar muito.

Abraço e até a próxima.

Temos que melhorar – parte 2.

Temos que melhorar – parte 2.

OPA! Tudo beleza pessoal?

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizaram uma pesquisa sobre “como o consumidor brasileiro se relaciona com suas finanças, levando em conta as práticas adotadas para controle do orçamento e as dificuldades enfrentadas no dia a dia”. A amostra foi de 800 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais e com margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. Em uma publicação anterior mostrei alguns resultados da pesquisa (clicar aqui) e nesta publicação vamos ver mais alguns resultados.

O consumidor anota as despesas básicas, mas não dá a mesma atenção aos gastos extras e de itens que não são considerados de primeira necessidade como os gastos com lazer, alimentação fora de casa, salão de beleza, roupas, etc. A atitude diante das despesas básicas é correta para elaborar um orçamento confiável, entretanto em relação aos gastos extras não se pode dizer o mesmo. Como já vimos, os gastos extras apresentam maior chance de serem esquecidos e a atenção com eles deve aumentar. E por falar em aumentar a atenção com as despesas, 17,4% não conhece plenamente o valor mensal das contas básicas.

Outro ponto a destacar é que o acompanhamento das despesas apresentou frequência inferior à adequada. Como já vimos, acompanhar as despesas é muito importante, pois as fontes de despesas são grandes e muitas vezes pulverizadas.

A pesquisa identificou que os consumidores têm os conhecimentos mínimos sobre controlar finanças, mas não conseguem colocar em prática. As principais dificuldades declaradas para adotar as práticas foram:

  • Disciplina para registrar os ganhos e gastos (26,3%).
  • Lembrar das compras em dinheiro e que não constam do extrato bancário (19,4%).
  • Falta de tempo (8,2%).
  • Não saber como fazer ou por onde começar (8,9%).

Dois exemplos dos conhecimentos e das práticas não adotadas:

  • 86,5% consideram que pesquisar preços antes de adquirir um produto é importante e saudável no dia a dia, mas apenas 51,1% fazem pesquisa de preço.
  • 77,0% consideram que juntar dinheiro para comprar algo à vista é importante e saudável no dia a dia, mas só 20,4% declararam juntar dinheiro.

Uma proporção significativa dos consumidores deve prestar mais atenção com as compras a prazo. Registrou – se que 26,4% dos entrevistados afirmaram que ao parcelar uma nova compra a prazo nem sempre se lembram do número de prestações antigas que ainda tem que pagar. E ainda mais:

  • 60,0% declararam não saber os valores anuais gastos com essas despesas.
  • 47,2% dos entrevistados em geral não calculam o quanto pagam de juros nas compras a prazo.

Até a renda deve receber mais atenção, pois 29,1% reconhecem que não sabem o valor da renda total do próximo mês.

A próxima publicação completa a série com os resultados da pesquisa.

Abraço. Inté!

Imagem de <a href=”https://pixabay.com/pt/users/mohamed_hassan-5229782/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=3219081″>mohamed Hassan</a> por <a href=”https://pixabay.com/pt/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=3219081″>Pixabay</a>

Temos que melhorar – parte 1.

Temos que melhorar – parte 1.

OPA! Tudo beleza pessoal?

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizada em todas as capitais e divulgada no dia 28 de janeiro de 2020, conclui que os brasileiros ainda precisam aprimorar o controle do seu orçamento.

Os resultados da pesquisa revelam que muitos brasileiros:

  • Não sabem o valor de seus rendimentos mensais.
  • Não controlam o quanto gastam.
  • Desconhecem o quanto pagam de juros.
  • Não se preparam para imprevistos.
  • Assumem que são pessoas desorganizadas financeiramente.

Reparem que são revelações negativas! Os brasileiros não sabem, não controlam, desconhecem, não se preparam! Isso talvez explique o número de inadimplentes do ano passado (um pouco mais de 63 milhões de pessoas de acordo com o Serasa).

A situação não é boa e vem se mantendo há algum tempo, mas também sabemos que é um problema que não se resolve de uma hora para outra.

Alguns números da pesquisa:

  • 45,8% não realizam controle sistemático do orçamento.
  • 53,9% empregam algum método organizado para gerenciar os recursos financeiros.
  • 29,3% empregam um método pouco confiável – controlam ‘de cabeça’ – para organizar as finanças.
  • Entre os que empregam algum método organizado de gerenciamento, 29,8% usam caderno de anotações, 21% usam planilha e 3,1% usam aplicativos digitais.
  • Em um ano, o número de consumidores que conseguem fechar o mês com dinheiro sobrando cai de 61% para 41%.
  • 48,1% consideram – se pessoas organizadas financeiramente.
  • As principais justificativas para não utilizar métodos de gerenciamento são a falta de disciplina para registrar ganhos e gastos (26,3%), esquecimento e a falta de tempo (8,2%), enquanto que 8,9% não sabem como fazer ou por onde começar.

Os entrevistados avaliaram o próprio nível de educação financeira e, em uma escala de um a dez, a média é 6,3. O que você acha da média?

Os números confirmam a necessidade de aumentar o nível de educação financeira do brasileiro. Considero o mais preocupante a diminuição de pessoas que terminam o mês com dinheiro sobrando (de 61% para 41%).

Mas e você? Como se avalia?

Abraço e até a próxima!

Photo by <a href=”/photographer/playboy-36480″>David Playford</a> from <a href=”https://freeimages.com/”>FreeImages</a>

Todo ano a mesma coisa!

OPA! Tudo bem gente?

O décimo terceiro salário, pagamento de dívidas, despesas do período de festas e do início do ano são assuntos que sempre são lembrados. Este blog já tem uma publicação sobre o assunto (clique aqui para ler) e não faltam motivos para serem lembrados!

É uma época que você pode aplicar a orientação OPA para aproveitar melhor o décimo terceiro salário. De modo geral deve – se:

  • Priorizar o pagamento das dívidas antigas, principalmente aquelas que os juros são maiores, o cartão de crédito e o cheque especial por exemplo.
  • Planejar bem as despesas de Natal e Ano Novo para não contrair novas dívidas desnecessariamente.
  • Planejar as despesas que ocorrem no início do ano como matrícula da escola, material e uniforme escolar, IPTU, IPVA, etc. reservando recursos para elas.
  • Avaliar as necessidades e os desejos. Algumas despesas podem ser adiadas sem grandes problemas.

Este resumo não considera as características específicas de cada família, algumas não precisam pagar o IPVA por exemplo. Como se diz, cada caso é um caso, analise o seu com muita atenção. Não se esqueça de que um pouco depois tem o imposto de renda. E se você também tiver que pagar?

Como já foi dito, se você aplicar a orientação OPA será possível aproveitar o décimo terceiro salário de modo mais eficiente.

Pagar a vista é mais vantajoso.

Pagar a vista é mais vantajoso. Mas será que o décimo terceiro dá conta disso tudo?

OPA! Boa pergunta! E se não der o que fazer?

Uma boa alternativa é planejar uma reserva de recursos durante o ano para ser usado nesta época. É fácil de entender o que fazer. Suponha que o IPTU deste ano seja de R$ 1.200,00, suponha também que para o próximo ano o reajuste será de 5%, então, o valor do IPTU do ano que vem será de R$ 1.260,00. Agora divida por 12 (R$ 1.260,00/12 = R$ 105,00) para calcular o quanto deverá ser reservado para o pagamento do imposto do ano que vem.

Deposite todo mês este valor, no nosso exemplo R$ 105,00, em uma caderneta de poupança ou em outro investimento que preferir. A caderneta de poupança protege da inflação (você ainda vai ter uns juros todo mês) e pode ter o dinheiro para o pagamento do imposto a sua disposição imediatamente. Faça o mesmo para o IPVA. Inclua esses valores no seu orçamento mensal desse ano para formar essa reserva que ao se somar com o décimo terceiro vai ser de grande ajuda. E mesmo que por qualquer motivo, imprevistos acontecem, não seja possível contar com esses recursos por alguns meses, o que você terá um dinheiro extra para esses pagamentos.

Para sugestões ou dúvidas, entrem em contato.

Espero que tenham gostado.

Até a próxima.

Foto de bruce mars no Pexels

Você sabe com que gasta?

OPA! Tudo beleza pessoal?

Já vimos que quando se organiza tanto a renda quanto as despesas você registra as origens e associa valores mensais (mas também é interessante fazer por ano). Também vimos que com as despesas é importante agrupar. Veja um exemplo baseado em um caso real, mas bem simplificado para facilitar o entendimento.

Grupo

Despesas

Valor Mensal

Valor Anual

Alimentação Supermercado

450,00

 5.400,00

Açougue

125,00

1.500,00

Padaria

150,00

1.800,00

Feira

220,00

2.640,00

Outros

50,00

600,00

Subtotal

995,00

11.940,00

Casa Água

100,00

1.200,00

Luz

180,00

2.160,00

Gás

20,00

240,00

Manutenção

100,00

1.200,00

Subtotal

400,00

4.800,00

Transporte Ônibus / Táxis

130,00

1.560,00

Combustível

250,00

3.000,00

Manutenção

100,00

1.200,00

Prestação do carro

500,00

6.000,00

Subtotal

980,00

11.760,00

Educação Escola filhos

300,00

3.600,00

Outros Cursos

210,00

2.520,00

Subtotal

510,00

6.120,00

Total

2.885,00

34.620,00

 

Essa tabela é baseada nos dados da atividade Organizar e a partir dela, é possível calcular as proporções, o peso como se costuma falar, dos grupos nas despesas. Fazendo isso fica bem mais fácil entender o orçamento/planejamento. Veja como fica na tabela abaixo.

Grupo

Valor Mensal

Proporção (%)

Alimentação

995,00

34,5

Casa

400,00

13,9

Transporte

980,00

34,0

Educação

510,00

17,7

Total

2.885,00

100,00

Também dá para fazer gráficos se preferir.

Um gráfico de barras ou um de pizza

Então agora se sabe que o grupo Alimentação equivale a 34,5% das despesas, o grupo Casa, 13,9% etc. Agora fica bem fácil de ver qual o grupo de maior peso, de menor peso ou por em ordem de importância.

Essa avaliação (lembra-se da atividade Avaliar) mostra os grupos em ordem de importância na composição das despesas e também será útil na comparação com os meses seguintes e na tomada de decisões.

Outro cálculo importante é mostrado na próxima tabela.

Grupo

Valor Mensal

Proporção da renda (%)

Alimentação

995,00

                       19,9
Casa

400,00

                          8,0
Transporte

980,00

                       19,6
Educação

510,00

                       10,2
Total

2.885,00

                       57,7
Renda mensal líquida

5.000,00

As despesas com alimentação equivalem a 19,9% da renda mensal líquida (importante isso, renda líquida!) da família e a o total das despesas mensais são 57,7% da renda mensal. Esses valores são importantes principalmente para controle (atividade Acompanhar) e avaliação (atividade Avaliar) do seu orçamento familiar ou pessoal. São de grande ajuda para tomar decisões e executar o planejamento financeiro de modo eficaz. Afinal todos querem que o planejamento seja bem sucedido.

Espero que tenham gostado!

Abraço e até a próxima!

Imagem de
<a href=”https://pixabay.com/pt/users/cuncon-3452518/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=1718099″>Jess Foami</a> por <a href=”https://pixabay.com/pt/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=1718099″>Pixabay</a>

Casais e finanças.

Opa! Tudo beleza pessoal?

Esta publicação é direcionada aos noivos, recém-casados ou mesmo ao casal que avalia que é importante aumentar o nível de conhecimento de educação financeira. Para ver como conversar sobre finanças ajuda os casais, listei alguns pontos para reflexão. São observações rápidas para provocar! Para começarem a pensar mais seriamente sobre o assunto.

Vamos lá então!

Nova fase da vida.

Quando os casais passam a viver juntos, alguns problemas financeiros podem surgir. É uma nova fase da vida e muitas situações novas vão surgir. Por isso que é importante que os dois se preparem bem.

Motivo de brigas e separação.

Você sabia que um dos principais motivos de separação dos casais é financeiro? Segundo pesquisa realizada pelo jornal Daily Mail, na Inglaterra, dentre as principais causas de separação estão o dinheiro e a situação financeira.  O Brasil registrou 341 mil divórcios em 10 anos, um aumento de 160% (dados foram coletados com base em pesquisa estatística de registro civil).

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 37,5% das mulheres ouvidas, indicaram que o principal motivo de brigas nos casamentos é o dinheiro. As DRs acontecem, principalmente, porque os casais discordam da forma como o outro gasta e porque falta dinheiro em casa.

Equilíbrio de conhecimento.

Qual o nível de conhecimento sobre dinheiro do casal? É normal um de vocês ter mais interesse sobre dinheiro e economia, mas não é bom que apenas um de vocês seja especialista, mas o outro um leigo absoluto. O equilíbrio é a melhor situação, quanto mais equilibrado melhor.

A transparência e o equilíbrio formam uma importante base para a confiança nas economias de um casal. Se o casal sabe lidar com finanças, diminui muito as chances de acontecer conflitos.

Uma boa conversa ajuda demais.

Você sabia que conversar sobre finanças não precisa ser algo chato? E nem precisa virar uma discussão de relacionamento.

Cuidar do dinheiro não é uma tarefa muito fácil, principalmente por conta da falta de conhecimento de boa parte da população em relação à gestão financeira e finanças pessoais. E nessas situações geralmente o assunto vida financeira de um casal, pode se tornar um assunto delicado.

Uma boa conversa ajuda muito a gerenciar as finanças do casal.

As pessoas são diferentes.

Em um relacionamento sempre tem aquele que é mais poupador do que o outro, mas isto não atrapalha. O casal poupador planeja e trabalha para que o planejamento tenha sucesso. Os conhecimentos de educação financeira são fundamentais nesse ponto.

Mesmo com as diferenças pessoais dá para fazer um planejamento financeiro juntos.

Os planos comuns.

Os casais fazem planos comuns, têm planos e objetivos para o futuro, como começar uma família ou ter um imóvel próprio. Devem definir juntos seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Atingir os objetivos depende muito de como os dois lidam com as finanças.

Cuidar das finanças é algo muito sério e é necessário. Deve ser feito com cuidado para evitar problemas na vida financeira. Estudem sobre educação financeira para ter uma vida tranquila.

Se você chegou até aqui, já tem uma noção mais clara de pontos importantes para um bom planejamento financeiro. Leias as publicações do OPA Finanças e tudo ficará mais claro.

Abraço e até a próxima.

Planejar

OPA! Tudo bem com vocês?

O resultado da atividade de organização estabelece uma ligação com a atividade de planejar. Ao final da atividade de organização as fontes de renda e de despesas estarão identificadas e seus valores determinados. É o início da preparação do orçamento pessoal/familiar, uma ferramenta muito importante para a gestão das finanças.

Olha só o que dá para fazer com o orçamento:

  • Comparar os valores das receitas e das despesas para saber se a pessoa está gastando mais do que ganha.
  • Calcular as proporções dos itens das receitas e das despesas e determinar o peso, a importância, de cada um deles no orçamento.
  • Definir as melhores datas de pagamento para evitar atrasos e, em consequência, o pagamento de multas e juros.
  • Destinar recursos financeiros para as despesas, ou como se diz, pagar as contas.

Esses pontos são mais fáceis de ver, mas existem outros que o planejamento pode ajudar muito. Um deles é a preparação para o pagamento de despesas em épocas específicas como o IPTU e o IPVA. São despesas significativas e aumentam a necessidade de recursos em época determinada. Em geral usamos o décimo terceiro para ajudar a pagar, mas você pode formar uma reserva durante o ano e suavizar o esforço. Essas despesas devem ser identificadas para planejar o que deve ser feito antes das épocas específicas.

Os imprevistos também podem exigir recursos financeiros consideráveis e o planejamento pode diminuir seus impactos no orçamento. Você pode formar uma reserva financeira para resolver esses problemas. Um vazamento de água é um bom exemplo de imprevisto. Quando ele aparece é preciso resolver o mais rápido possível e requer tempo e dinheiro.

O planejamento inclui as necessidades e os desejos. Quer ver como?

As necessidades são itens indispensáveis, essenciais à vida, ao dia a dia das pessoas independente de qualquer consideração. Os desejos são itens que se quer possuir sejam eles necessários ou não. Opa! Então a lista do supermercado é uma lista que tem necessidades (arroz, café, leite, etc.) e desejos (refrigerante, paçoca, etc.)! Concorda ou não?

A atividade de planejar te ajuda a identificar as necessidades e os desejos. E porque isso é importante?

As necessidades são escolhas mais racionais e os desejos mais emocionais. Ao classificar as necessidades e os desejos, é possível definir prioridades e tomar decisões mais conscientes e estruturadas o que facilita a gestão do orçamento. É com a gestão do orçamento que se sabe se estamos gastando mais do que se ganha (ver se as despesas são maiores que as receitas ou não).

Um bom planejamento pode minimizar problemas com dívidas. Se as dívidas assumidas forem incluídas no orçamento e recursos suficientes forem destinados para quitá-las, é uma boa medida para evitar problemas.

O que se conclui é que a atividade de Planejar pode trazer muitos benefícios. Os destaques:

  • Oferecer uma visão clara e abrangente das finanças pessoais ou familiar.
  • Permitir tomadas de decisões conscientes e estruturadas.
  • Mostrar a disponibilidade, origem e destino dos recursos financeiros.
  • Escolher como destinar os recursos (priorizar as necessidades?).
  • Definir a melhor maneira de usar os recursos (à vista ou a prazo?).
  • Antecipar despesas que acontecem em épocas específicas (IPTU e IPVA, por exemplo).
  • Criar condições para quitar dívidas sem grandes problemas financeiros.
  • Formar reservas financeiras (para lidar com os imprevistos, por exemplo).
  • Prever a movimentação dos recursos do próximo mês e antecipar ajustes caso sejam precisos.
  • Poupar, criando condições para investir.

Planejar é uma atividade simples de explicar, fácil de entender e muito importante. Deve ser realizada com muito cuidado e atenção e revisada periodicamente, pois as despesas têm a capacidade de aumentar maior que as receitas.

E para finalizar meu caro leitor, como é possível incluir os seus desejos no orçamento esta atividade pode trazer bons resultados além dos financeiros. Você pode planejar recursos para atividades de lazer, cursos e muitas outras coisas que podem contribuir para uma vida melhor. Afinal de contas, depois de todo este trabalho nada mais justo que um merecido retorno.

Abraço e até mais!

 

 

Organizar as despesas.

OPA! Tudo bem com vocês?

Neste texto a organização ainda é o destaque, só que agora veremos como organizar as despesas. Identificar de onde vem o dinheiro, a sua renda, é mais fácil do que identificar para onde vai o dinheiro, as suas despesas. Opa! Vamos ver por quê?

Mas antes de tratar especificamente das despesas, vou destacar dois pontos muito interessantes que algumas pesquisas recentes mostram. São duas informações importantes sobre o perfil do cidadão brasileiro: boa parte da população não sabe como gasta o dinheiro e uma parte considerável encontra-se endividada atualmente. São informações que sugerem certo descaso com a organização das despesas, um ponto importante do planejamento financeiro.

A tarefa de organizar as despesas é a mesma de organizar a renda, é preciso identificar a composição das despesas e associar a cada um dos componentes um valor. Essa organização também deve ser feita por mês e, assim como a renda, o primeiro mês será mais trabalhoso que os meses seguintes.

As despesas podem ser classificadas como despesas fixas e despesas variáveis.

As despesas fixas são as despesas em que os valores não variam ou variam muito pouco.

Aluguel e prestação de financiamentos são exemplos de despesas fixas.

As despesas variáveis são despesas com variação significativa de valor.

As contas de energia e água e as compras de supermercado são exemplos de despesas variáveis, pois os valores variam conforme o consumo. São despesas com frequência mensal e algumas delas mais de uma vez por mês.

Outro componente importante são os compromissos sazonais.

Os compromissos sazonais ocorrem em instantes determinados de tempo, em ocasiões específicas.

As despesas com material didático e uniforme da escola, o pagamento de impostos como o IPTU e o IPVA e o pagamento de seguros são alguns exemplos.

Na primeira lista que for organizar deve-se prestar atenção aos compromissos já assumidos, isto é, aos cheques pré-datados, carnês, fatura de cartão de crédito (se você tem mais de um cartão tenha muita atenção), prestações (sabe aquela compra que você dividiu em apenas duas ou três vezes) etc.

Uma possível lista de despesas fixas poderia ser: aluguel, condomínio, prestação de financiamento da casa ou do carro, mensalidade escolar dos filhos, mensalidade da faculdade, mensalidade do curso de idioma, academia, clube, TV a cabo, internet, telefone fixo, telefone celular, plano de saúde, etc. É uma lista que varia conforme o caso, pois cada pessoa, ou família, tem a sua lista particular.

Já a lista das despesas variáveis poderia ser: conta de energia (conta de luz), conta de água, compras do supermercado, compras da padaria, açougue, feira, farmácia, restaurantes, bares, passeios, viagens, cinema, teatro, shows, etc.

Opa! Que lista grande! É grande sim e é preciso prestar atenção porque os valores podem variar muito. Variação que não acontece na renda da maioria das pessoas.

O que vimos até aqui responde a pergunta do início do texto. Ao terminar de listar as despesas o leitor poderá confirmar que a lista das despesas é maior que a de renda, o que pode gerar uma situação de descontrole. Isso mostra que registrar esses valores é muito importante. O registro pode ser feito em uma caderneta ou em uma planilha eletrônica, escolha a maneira que achar melhor e para facilitar o registro os extratos bancários, notas fiscais, recibos de pagamentos, comprovantes de utilizações de cartões, anotações pessoais, etc. são de grande ajuda nessa tarefa. Entretanto, existem despesas em que os registros não são necessários. O leitor deve prestar atenção nelas, pois elas podem ser esquecidas facilmente.

Para facilitar ainda mais o entendimento das despesas e do orçamento o leitor deve agrupá-las. Alimentação, habitação, transporte, lazer e educação são alguns exemplos comuns de agrupamentos. Agrupando as despesas será possível calcular os percentuais, os pesos, de cada um deles no orçamento. Os agrupamentos ajudam a conhecer e entender melhor o orçamento e também a tomar decisões mais confiáveis como veremos depois.

Assim, completa-se a atividade de organizar.

Abraço e até a próxima!

Organizar primeiro a renda.

OPA! Tudo bem com vocês?

Em um texto anterior (ler aqui) apresentei a orientação OPA enfatizando o funcionamento geral e a inter-relação entre as atividades. Este texto tratará com mais detalhes da organização da renda. Existem muitas possibilidades e não será possível listar todas. O objetivo é orientar o leitor para a elaboração da própria lista.

Já vimos que organizar consiste basicamente em identificar a composição da sua renda e de suas despesas e em associar um valor a cada uma delas. Primeiro vamos tratar da organização da renda, que deverá ser feita por mês. O primeiro mês será o mais trabalhoso, porém nos demais você só vai completar os valores dos itens identificados.

Para identificar a renda satisfatoriamente é só listar todas as fontes e seus valores. Certamente a maioria dos leitores pensará no salário, mas tem que ser o salário líquido, o que se recebe efetivamente depois de todos os descontos. É o valor que é depositado na sua conta, o que entra no seu bolso. Salário do casal, de filhos, de todos da casa. O 13° salário, as férias, devolução do imposto de renda, participação em lucros, bonificações, comissões sobre vendas, tudo isso também deve ser incluído.

Aquela grana extra que se ganha vendendo doces, salgados, bolos, bijuterias, aulas particulares e outras atividades informais, também deve ser incluída, mas é melhor que se identifique com precisão do que incluir em um tópico geral do tipo outros ganhos. Fazendo assim será possível avaliar a importância de cada um deles no orçamento. Todos podem ter mais de uma fonte de renda, o que é bom, mas nesse caso o controle deverá ser maior para ter uma boa ideia do quanto se ganha e do quanto pode gastar.

Os profissionais autônomos, aqueles que exercem sua atividade profissional sem vínculo empregatício, devem realizar esta etapa com muita atenção, pois certamente os valores de sua principal fonte de renda não serão constantes. Variações grandes ou pequenas ocorrerão de um mês para outro, ou em determinadas épocas do ano.

Agora, estimado leitor, você pode começar a organizar a sua renda!

Se precisar de alguma ajuda entre em contato.

Tudo de bom e até a próxima.

13salario

Recebeu o décimo terceiro? Tome cuidado!

OPA! Tudo bem pessoal?

Na ocasião da Black Friday apresentei um artigo com outro ponto de vista sobre consumo (leia Sobre consumismo, felicidade e educação.). Agora, na época em que se recebe o 13° salário, também é uma ocasião boa para apresentar outro ponto de vista sobre esse componente dos seus rendimentos.

Mas em primeiro lugar um aviso: aplique a orientação OPA! Você pode fazer um orçamento mensal e anual aplicando a orientação OPA. E porque não fazer o mesmo para o 13°? Será de grande ajuda para aproveitá-lo melhor. Pense nos gastos que virão no início do ano seguinte, lembre-se de que você terá que pagar IPTU, IPVA, Imposto de Renda, material e uniforme escolar, etc.

O que geralmente acontece é que você recebe o 13° salário, o saldo da sua conta aumenta e você pensa em gastar mais, em consumir mais. A tentação é grande mesmo. As promoções de natal são muitas, estão em todos os lugares e sempre tentam te convencer de que você deve aproveitar a oportunidade para fazer bons negócios.

Cuidado com a euforia! O excesso de felicidade ao receber o 13° pode gerar problemas. Quer saber como? Então vamos lá!

Considero que o maior erro que se pode cometer nesta ocasião é não quitar ou reduzir as dívidas. Em primeiro lugar você deve pensar nas dívidas! Se não pensar já começou errado, mas mesmo começando certo pode terminar errado.

OPA! Como assim?

A pessoa recebe o 13° e paga as dívidas todas (cartão de crédito, empréstimos, etc.), mas até aí tudo certo. Concorda?  A pessoa se sente tranquila, fica despreocupada, se sente mais leve, aliviada. Mas, mas … em vez de se organizar e planejar ela faz outras dívidas. Sim faz mais dívidas!

Parece que quando zeram as dívidas, as pessoas se sentem prontas para outra, para começar tudo de novo. E com esse mar de promoções em volta, começam a fazer dívidas outra vez. Não resistem a tentação de fazer outras dívidas e começam tudo de novo.

Quando se recebe o 13° é um bom momento para aplicar a OPA. O ano não tem 13 meses, mas faça um orçamento que se fosse um novo mês. Na hora de organizar priorize quitar as dívidas, antecipe a época de maiores gastos com imposto, (IPVA e IPTU, por exemplo), material e uniforme escolar, viagens e passeios de férias escolares, etc.. Sei que já falei disso, mas é sempre bom reforçar!

E para finalizar, aplicando a OPA ao seu 13° salário você poderá aproveitá-lo melhor!

Tudo de bom e boas festas!