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Você sabe com que gasta?

OPA! Tudo beleza pessoal?

Já vimos que quando se organiza tanto a renda quanto as despesas você registra as origens e associa valores mensais (mas também é interessante fazer por ano). Também vimos que com as despesas é importante agrupar. Veja um exemplo baseado em um caso real, mas bem simplificado para facilitar o entendimento.

Grupo

Despesas

Valor Mensal

Valor Anual

Alimentação Supermercado

450,00

 5.400,00

Açougue

125,00

1.500,00

Padaria

150,00

1.800,00

Feira

220,00

2.640,00

Outros

50,00

600,00

Subtotal

995,00

11.940,00

Casa Água

100,00

1.200,00

Luz

180,00

2.160,00

Gás

20,00

240,00

Manutenção

100,00

1.200,00

Subtotal

400,00

4.800,00

Transporte Ônibus / Táxis

130,00

1.560,00

Combustível

250,00

3.000,00

Manutenção

100,00

1.200,00

Prestação do carro

500,00

6.000,00

Subtotal

980,00

11.760,00

Educação Escola filhos

300,00

3.600,00

Outros Cursos

210,00

2.520,00

Subtotal

510,00

6.120,00

Total

2.885,00

34.620,00

 

Essa tabela é baseada nos dados da atividade Organizar e a partir dela, é possível calcular as proporções, o peso como se costuma falar, dos grupos nas despesas. Fazendo isso fica bem mais fácil entender o orçamento/planejamento. Veja como fica na tabela abaixo.

Grupo

Valor Mensal

Proporção (%)

Alimentação

995,00

34,5

Casa

400,00

13,9

Transporte

980,00

34,0

Educação

510,00

17,7

Total

2.885,00

100,00

Também dá para fazer gráficos se preferir.

Um gráfico de barras ou um de pizza

Então agora se sabe que o grupo Alimentação equivale a 34,5% das despesas, o grupo Casa, 13,9% etc. Agora fica bem fácil de ver qual o grupo de maior peso, de menor peso ou por em ordem de importância.

Essa avaliação (lembra-se da atividade Avaliar) mostra os grupos em ordem de importância na composição das despesas e também será útil na comparação com os meses seguintes e na tomada de decisões.

Outro cálculo importante é mostrado na próxima tabela.

Grupo

Valor Mensal

Proporção da renda (%)

Alimentação

995,00

                       19,9
Casa

400,00

                          8,0
Transporte

980,00

                       19,6
Educação

510,00

                       10,2
Total

2.885,00

                       57,7
Renda mensal líquida

5.000,00

As despesas com alimentação equivalem a 19,9% da renda mensal líquida (importante isso, renda líquida!) da família e a o total das despesas mensais são 57,7% da renda mensal. Esses valores são importantes principalmente para controle (atividade Acompanhar) e avaliação (atividade Avaliar) do seu orçamento familiar ou pessoal. São de grande ajuda para tomar decisões e executar o planejamento financeiro de modo eficaz. Afinal todos querem que o planejamento seja bem sucedido.

Espero que tenham gostado!

Abraço e até a próxima!

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<a href=”https://pixabay.com/pt/users/cuncon-3452518/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=1718099″>Jess Foami</a> por <a href=”https://pixabay.com/pt/?utm_source=link-attribution&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=image&amp;utm_content=1718099″>Pixabay</a>

Casais e finanças.

Opa! Tudo beleza pessoal?

Esta publicação é direcionada aos noivos, recém-casados ou mesmo ao casal que avalia que é importante aumentar o nível de conhecimento de educação financeira. Para ver como conversar sobre finanças ajuda os casais, listei alguns pontos para reflexão. São observações rápidas para provocar! Para começarem a pensar mais seriamente sobre o assunto.

Vamos lá então!

Nova fase da vida.

Quando os casais passam a viver juntos, alguns problemas financeiros podem surgir. É uma nova fase da vida e muitas situações novas vão surgir. Por isso que é importante que os dois se preparem bem.

Motivo de brigas e separação.

Você sabia que um dos principais motivos de separação dos casais é financeiro? Segundo pesquisa realizada pelo jornal Daily Mail, na Inglaterra, dentre as principais causas de separação estão o dinheiro e a situação financeira.  O Brasil registrou 341 mil divórcios em 10 anos, um aumento de 160% (dados foram coletados com base em pesquisa estatística de registro civil).

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 37,5% das mulheres ouvidas, indicaram que o principal motivo de brigas nos casamentos é o dinheiro. As DRs acontecem, principalmente, porque os casais discordam da forma como o outro gasta e porque falta dinheiro em casa.

Equilíbrio de conhecimento.

Qual o nível de conhecimento sobre dinheiro do casal? É normal um de vocês ter mais interesse sobre dinheiro e economia, mas não é bom que apenas um de vocês seja especialista, mas o outro um leigo absoluto. O equilíbrio é a melhor situação, quanto mais equilibrado melhor.

A transparência e o equilíbrio formam uma importante base para a confiança nas economias de um casal. Se o casal sabe lidar com finanças, diminui muito as chances de acontecer conflitos.

Uma boa conversa ajuda demais.

Você sabia que conversar sobre finanças não precisa ser algo chato? E nem precisa virar uma discussão de relacionamento.

Cuidar do dinheiro não é uma tarefa muito fácil, principalmente por conta da falta de conhecimento de boa parte da população em relação à gestão financeira e finanças pessoais. E nessas situações geralmente o assunto vida financeira de um casal, pode se tornar um assunto delicado.

Uma boa conversa ajuda muito a gerenciar as finanças do casal.

As pessoas são diferentes.

Em um relacionamento sempre tem aquele que é mais poupador do que o outro, mas isto não atrapalha. O casal poupador planeja e trabalha para que o planejamento tenha sucesso. Os conhecimentos de educação financeira são fundamentais nesse ponto.

Mesmo com as diferenças pessoais dá para fazer um planejamento financeiro juntos.

Os planos comuns.

Os casais fazem planos comuns, têm planos e objetivos para o futuro, como começar uma família ou ter um imóvel próprio. Devem definir juntos seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Atingir os objetivos depende muito de como os dois lidam com as finanças.

Cuidar das finanças é algo muito sério e é necessário. Deve ser feito com cuidado para evitar problemas na vida financeira. Estudem sobre educação financeira para ter uma vida tranquila.

Se você chegou até aqui, já tem uma noção mais clara de pontos importantes para um bom planejamento financeiro. Leias as publicações do OPA Finanças e tudo ficará mais claro.

Abraço e até a próxima.

Avaliar e Aproveitar.

OPA! Tudo beleza pessoal?

As atividades Acompanhar e Avaliar são feitas, de certa forma, simultaneamente, principalmente ao se acompanhar as despesas. Se você vê que a despesa do supermercado desse mês é maior que no mês passado você está avaliando. Mas existem muitas avaliações que devem ser feitas. Avaliar também ajuda a tomar decisões. Observo também que essas atividades podem ser realizadas de formas diferentes, considerando as características específicas de cada pessoa ou família.

Avaliar é importante.

Como já apresentei a atividade Acompanhar, este texto enfatiza a atividade Avaliar. A avaliação que considero mais importante é a que verifica se a renda é maior ou menor que as despesas, se você ganha mais do que gasta ou não. É aquela história de ver se está no vermelho. Não dá para questionar a importância dessa avaliação. O resultado dela orientará suas principais decisões. Avaliar pode indicar a necessidade de ajustes e reformulações. Esta atividade é de fundamental importância para a gestão do orçamento.

No planejamento você estabelece metas e objetivos e é importante avaliar se as metas foram atingidas e os objetivos foram alcançados. São as avaliações que indicam se o orçamento planejado foi bem sucedido.

Você pode avaliar considerando um valor preciso ou uma proporção (um percentual). Suponha que a despesa do supermercado foi R$ 500,00 esse mês, esse valor é o valor preciso e dá para ver o quanto se gastou a mais ou a menos ao se comparar com o mês passado. Mas qual é o peso do supermercado no seu orçamento?

Para responder estar pergunta, calcule a proporção, o percentual. A despesa do supermercado corresponde a 10%, 15% do seu orçamento? Está de acordo com o planejado ou não?

Uma avaliação não elimina a outra, você pode e deve fazer as duas, assim você pode ver se a variação é consequência de aumento de preço (lembre-se da inflação) ou do aumento da quantidade comprada (a comemoração do aniversário de uma pessoa da família pode aumentar a quantidade comprada).

Os resultados das avaliações ajudarão a tomar decisões. Vai ser preciso mudar o comportamento de consumo? Como? Vai pesquisar outras marcas ou produtos equivalentes? E por aí vai.

O exemplo do supermercado pode ser aplicado para todos os itens de despesa do orçamento.

A renda pode ser avaliada da mesma maneira. O aumento da renda foi consequência de maiores valores de comissão? O aumento das comissões é consequência de uma época específica do ano (dia das mães, por exemplo)? Quanto foi em valores precisos e proporcionais?

Todo esse trabalho deve ser feito para poupar, isto é, para que o total dos seus rendimentos seja maior que o total das despesas. Poupar é o objetivo mais importante do orçamento, mas outros podem ser definidos. Comprar uma bicicleta, trocar de carro, fazer um curso de inglês ou uma pós-graduação são exemplos de objetivos que podem ser definidos e todos ele exigem recursos financeiros para serem atingidos.

Aproveitar! Comemore os bons resultados.

Mas esse trabalho todo também deve ser recompensado, mesmo antes do objetivo ser atingido. OPA! Como assim?

Você pode prever no seu orçamento recursos para comemorar! É o que chamei de Aproveitar, a melhor de todas as atividades! Dá para aproveitar de várias maneiras e o resultado da avaliação também influenciará na decisão de como comemorar, de como aproveitar. Alguns exemplos: viagens, shows, passeios, comprar um livro, sair para comer pizza, tomar sorvete, ir ao cinema, tomar uma cerveja artesanal, levar as crianças ao parque, etc. OPA! Que bacana!

Comemorar, Aproveitar, é importante e motivador. Ajuda a associar ao trabalho de Organizar, Planejar, Acompanhar e Avaliar o orçamento um evento agradável. Todo o trabalho que você teve permitiu curtir momentos agradáveis e descontraídos. Depois de tudo que se fez você não acha que merece? A ideia é aproveitar o resultado do trabalho.

Uma maneira de aproveitar o trabalho é investir. A poupança (não confunda com caderneta de poupança) deve ser investida. Atualmente existem diversas alternativas de investimento, mas é preciso ver qual delas é a mais adequada ao seu perfil.

Mudanças de ciclos da OPA.

Ao finalizar um ciclo da orientação OPA, já se deve iniciar outro ciclo. Porém você não recomeça do zero, pois com o orçamento pronto já está pronta a visão do mês atual e a previsão para o mês seguinte. Certamente que ajustes serão necessários, os imprevistos acontecem e será preciso refazer o planejamento.

A importância do tempo.

Não se esqueça de considerar um elemento muito importante: o tempo. Não se controla o tempo e ele também impõe a adoção de uma estratégia acumulativa. O tempo necessário para alcançar um objetivo depende dos tipos de objetivos estabelecidos e nesse intervalo de tempo muitos ciclos da OPA, em geral ciclos mensais, serão feitos.

A OPA considera essas características do tempo e a ideia é ajudar a ser bem sucedido na gestão do orçamento, resultando em uma vida mais organizada e tranquila.

Um abraço e até a próxima.

Planejar

OPA! Tudo bem com vocês?

O resultado da atividade de organização estabelece uma ligação com a atividade de planejar. Ao final da atividade de organização as fontes de renda e de despesas estarão identificadas e seus valores determinados. É o início da preparação do orçamento pessoal/familiar, uma ferramenta muito importante para a gestão das finanças.

Olha só o que dá para fazer com o orçamento:

  • Comparar os valores das receitas e das despesas para saber se a pessoa está gastando mais do que ganha.
  • Calcular as proporções dos itens das receitas e das despesas e determinar o peso, a importância, de cada um deles no orçamento.
  • Definir as melhores datas de pagamento para evitar atrasos e, em consequência, o pagamento de multas e juros.
  • Destinar recursos financeiros para as despesas, ou como se diz, pagar as contas.

Esses pontos são mais fáceis de ver, mas existem outros que o planejamento pode ajudar muito. Um deles é a preparação para o pagamento de despesas em épocas específicas como o IPTU e o IPVA. São despesas significativas e aumentam a necessidade de recursos em época determinada. Em geral usamos o décimo terceiro para ajudar a pagar, mas você pode formar uma reserva durante o ano e suavizar o esforço. Essas despesas devem ser identificadas para planejar o que deve ser feito antes das épocas específicas.

Os imprevistos também podem exigir recursos financeiros consideráveis e o planejamento pode diminuir seus impactos no orçamento. Você pode formar uma reserva financeira para resolver esses problemas. Um vazamento de água é um bom exemplo de imprevisto. Quando ele aparece é preciso resolver o mais rápido possível e requer tempo e dinheiro.

O planejamento inclui as necessidades e os desejos. Quer ver como?

As necessidades são itens indispensáveis, essenciais à vida, ao dia a dia das pessoas independente de qualquer consideração. Os desejos são itens que se quer possuir sejam eles necessários ou não. Opa! Então a lista do supermercado é uma lista que tem necessidades (arroz, café, leite, etc.) e desejos (refrigerante, paçoca, etc.)! Concorda ou não?

A atividade de planejar te ajuda a identificar as necessidades e os desejos. E porque isso é importante?

As necessidades são escolhas mais racionais e os desejos mais emocionais. Ao classificar as necessidades e os desejos, é possível definir prioridades e tomar decisões mais conscientes e estruturadas o que facilita a gestão do orçamento. É com a gestão do orçamento que se sabe se estamos gastando mais do que se ganha (ver se as despesas são maiores que as receitas ou não).

Um bom planejamento pode minimizar problemas com dívidas. Se as dívidas assumidas forem incluídas no orçamento e recursos suficientes forem destinados para quitá-las, é uma boa medida para evitar problemas.

O que se conclui é que a atividade de Planejar pode trazer muitos benefícios. Os destaques:

  • Oferecer uma visão clara e abrangente das finanças pessoais ou familiar.
  • Permitir tomadas de decisões conscientes e estruturadas.
  • Mostrar a disponibilidade, origem e destino dos recursos financeiros.
  • Escolher como destinar os recursos (priorizar as necessidades?).
  • Definir a melhor maneira de usar os recursos (à vista ou a prazo?).
  • Antecipar despesas que acontecem em épocas específicas (IPTU e IPVA, por exemplo).
  • Criar condições para quitar dívidas sem grandes problemas financeiros.
  • Formar reservas financeiras (para lidar com os imprevistos, por exemplo).
  • Prever a movimentação dos recursos do próximo mês e antecipar ajustes caso sejam precisos.
  • Poupar, criando condições para investir.

Planejar é uma atividade simples de explicar, fácil de entender e muito importante. Deve ser realizada com muito cuidado e atenção e revisada periodicamente, pois as despesas têm a capacidade de aumentar maior que as receitas.

E para finalizar meu caro leitor, como é possível incluir os seus desejos no orçamento esta atividade pode trazer bons resultados além dos financeiros. Você pode planejar recursos para atividades de lazer, cursos e muitas outras coisas que podem contribuir para uma vida melhor. Afinal de contas, depois de todo este trabalho nada mais justo que um merecido retorno.

Abraço e até mais!

 

 

Organizar as despesas.

OPA! Tudo bem com vocês?

Neste texto a organização ainda é o destaque, só que agora veremos como organizar as despesas. Identificar de onde vem o dinheiro, a sua renda, é mais fácil do que identificar para onde vai o dinheiro, as suas despesas. Opa! Vamos ver por quê?

Mas antes de tratar especificamente das despesas, vou destacar dois pontos muito interessantes que algumas pesquisas recentes mostram. São duas informações importantes sobre o perfil do cidadão brasileiro: boa parte da população não sabe como gasta o dinheiro e uma parte considerável encontra-se endividada atualmente. São informações que sugerem certo descaso com a organização das despesas, um ponto importante do planejamento financeiro.

A tarefa de organizar as despesas é a mesma de organizar a renda, é preciso identificar a composição das despesas e associar a cada um dos componentes um valor. Essa organização também deve ser feita por mês e, assim como a renda, o primeiro mês será mais trabalhoso que os meses seguintes.

As despesas podem ser classificadas como despesas fixas e despesas variáveis.

As despesas fixas são as despesas em que os valores não variam ou variam muito pouco.

Aluguel e prestação de financiamentos são exemplos de despesas fixas.

As despesas variáveis são despesas com variação significativa de valor.

As contas de energia e água e as compras de supermercado são exemplos de despesas variáveis, pois os valores variam conforme o consumo. São despesas com frequência mensal e algumas delas mais de uma vez por mês.

Outro componente importante são os compromissos sazonais.

Os compromissos sazonais ocorrem em instantes determinados de tempo, em ocasiões específicas.

As despesas com material didático e uniforme da escola, o pagamento de impostos como o IPTU e o IPVA e o pagamento de seguros são alguns exemplos.

Na primeira lista que for organizar deve-se prestar atenção aos compromissos já assumidos, isto é, aos cheques pré-datados, carnês, fatura de cartão de crédito (se você tem mais de um cartão tenha muita atenção), prestações (sabe aquela compra que você dividiu em apenas duas ou três vezes) etc.

Uma possível lista de despesas fixas poderia ser: aluguel, condomínio, prestação de financiamento da casa ou do carro, mensalidade escolar dos filhos, mensalidade da faculdade, mensalidade do curso de idioma, academia, clube, TV a cabo, internet, telefone fixo, telefone celular, plano de saúde, etc. É uma lista que varia conforme o caso, pois cada pessoa, ou família, tem a sua lista particular.

Já a lista das despesas variáveis poderia ser: conta de energia (conta de luz), conta de água, compras do supermercado, compras da padaria, açougue, feira, farmácia, restaurantes, bares, passeios, viagens, cinema, teatro, shows, etc.

Opa! Que lista grande! É grande sim e é preciso prestar atenção porque os valores podem variar muito. Variação que não acontece na renda da maioria das pessoas.

O que vimos até aqui responde a pergunta do início do texto. Ao terminar de listar as despesas o leitor poderá confirmar que a lista das despesas é maior que a de renda, o que pode gerar uma situação de descontrole. Isso mostra que registrar esses valores é muito importante. O registro pode ser feito em uma caderneta ou em uma planilha eletrônica, escolha a maneira que achar melhor e para facilitar o registro os extratos bancários, notas fiscais, recibos de pagamentos, comprovantes de utilizações de cartões, anotações pessoais, etc. são de grande ajuda nessa tarefa. Entretanto, existem despesas em que os registros não são necessários. O leitor deve prestar atenção nelas, pois elas podem ser esquecidas facilmente.

Para facilitar ainda mais o entendimento das despesas e do orçamento o leitor deve agrupá-las. Alimentação, habitação, transporte, lazer e educação são alguns exemplos comuns de agrupamentos. Agrupando as despesas será possível calcular os percentuais, os pesos, de cada um deles no orçamento. Os agrupamentos ajudam a conhecer e entender melhor o orçamento e também a tomar decisões mais confiáveis como veremos depois.

Assim, completa-se a atividade de organizar.

Abraço e até a próxima!

Eventos sobre Educação Financeira!

OPA! Tudo bem com vocês?

Entre os dias 16 e 18 de maio de 2019 ocorreu no campus de Belo Horizonte da Universidade Salgado de Oliveira o evento multidisciplinar Universo em Expansão.

 

A programação do evento reservou espaço para a Educação Financeira: uma palestra sobre Planejamento Financeiro Pessoal no dia 16 e o minicurso “Passo a passo para o planejamento financeiro pessoal” no dia 17.

O público dos eventos foi composto majoritariamente de alunos da Universidade Salgado de Oliveira, principalmente dos cursos de Engenharia de Produção, Educação Física, Direito, Psicologia e Administração.

A diversidade do público parece indicar o crescimento do interesse em conteúdos de educação financeira entre os alunos dos diversos cursos de graduação.

Aproveito a oportunidade para destacar a participação do aluno Helder Fernandes Silva, do curso de Sistemas de Informação, na palestra de Planejamento Financeiro Pessoal. Helder estuda o assunto e aplica os conhecimentos no seu planejamento financeiro familiar.

Um forte abraço a todos e até a próxima.

Organizar primeiro a renda.

OPA! Tudo bem com vocês?

Em um texto anterior (ler aqui) apresentei a orientação OPA enfatizando o funcionamento geral e a inter-relação entre as atividades. Este texto tratará com mais detalhes da organização da renda. Existem muitas possibilidades e não será possível listar todas. O objetivo é orientar o leitor para a elaboração da própria lista.

Já vimos que organizar consiste basicamente em identificar a composição da sua renda e de suas despesas e em associar um valor a cada uma delas. Primeiro vamos tratar da organização da renda, que deverá ser feita por mês. O primeiro mês será o mais trabalhoso, porém nos demais você só vai completar os valores dos itens identificados.

Para identificar a renda satisfatoriamente é só listar todas as fontes e seus valores. Certamente a maioria dos leitores pensará no salário, mas tem que ser o salário líquido, o que se recebe efetivamente depois de todos os descontos. É o valor que é depositado na sua conta, o que entra no seu bolso. Salário do casal, de filhos, de todos da casa. O 13° salário, as férias, devolução do imposto de renda, participação em lucros, bonificações, comissões sobre vendas, tudo isso também deve ser incluído.

Aquela grana extra que se ganha vendendo doces, salgados, bolos, bijuterias, aulas particulares e outras atividades informais, também deve ser incluída, mas é melhor que se identifique com precisão do que incluir em um tópico geral do tipo outros ganhos. Fazendo assim será possível avaliar a importância de cada um deles no orçamento. Todos podem ter mais de uma fonte de renda, o que é bom, mas nesse caso o controle deverá ser maior para ter uma boa ideia do quanto se ganha e do quanto pode gastar.

Os profissionais autônomos, aqueles que exercem sua atividade profissional sem vínculo empregatício, devem realizar esta etapa com muita atenção, pois certamente os valores de sua principal fonte de renda não serão constantes. Variações grandes ou pequenas ocorrerão de um mês para outro, ou em determinadas épocas do ano.

Agora, estimado leitor, você pode começar a organizar a sua renda!

Se precisar de alguma ajuda entre em contato.

Tudo de bom e até a próxima.

Um pouco mais sobre dívidas.

OPA! Tudo bem com vocês?

Em uma postagem anterior (ler aqui) vimos que as proporções de famílias endividadas, segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), são consideráveis. Agora vamos avaliar a composição, os principais elementos, da dívida das famílias brasileiras.

Ficou curioso? Então lá vai:

Tipo de dívida % de famílias
Cartão de crédito 78,0
Carnê 14,4
Financiamento de carro 10,0
Financiamento de casa 8,5

Esses dados são da pesquisa de março de 2019, mas o gráfico que segue mostra que não há diferença muito grande nas proporções desde março de 2018.

Gráfico 1: Percentual de famílias por tipo de dívida.

Observe que o cartão de crédito é disparado o principal elemento das dívidas das famílias brasileiras. Os carnês ficam em segundo lugar, porém muito distante do cartão de crédito. Já vimos que dívidas geradas por financiamentos de valores altos como os de casa e carro podem não criar problemas, desde que se tenha controle sobre o seu orçamento, consiga controlar os gastos. Mas é sempre bom ter atenção especial, pois são financiamentos de valores altos e preparar um orçamento pode ajudar muito. Esses tipos de dívidas aparecem em 3°, financiamento de carro, e 4° lugar na pesquisa com 10% e 8,5% respectivamente.

Os dois primeiros lugares da lista, cartão de crédito e carnês, nessa ordem, estão vinculados ao consumo e “diante dos impactos do hiperconsumo, ações educativas são bem-vindas” (ler mais sobre o assunto aqui).

Um dos impactos, como se pode ver pela pesquisa Peic, é um nível de endividamento considerável. E aqui observo que a pesquisa não entra em detalhes dos impactos, das consequências, do endividamento na vida das pessoas. Seria interessante que o leitor refletisse sobre a própria situação, principalmente os que se encontram na situação de endividamento.

Ações educativas podem contribuir para consumir de forma consciente e para evitar o consumismo compulsivo. Não é errado querer as coisas que não são essenciais, mas o melhor é que as decisões de consumo sejam tomadas com equilíbrio entre a razão e a emoção.

Este equilíbrio pode ser conseguido com boas noções de educação financeira, um processo educativo que pode contribuir para uma vida melhor.

Tudo de bom e até a próxima.

Créditos:

<a href=”https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/cartao-de-visita”>Cartão de visita vetor criado por macrovector – br.freepik.com</a>

Um pouco sobre dívidas.

OPA! Tudo bem com vocês?

O final de um ano e o início do ano seguinte é uma época de muita alegria. E motivos não faltam afinal festejamos o Natal e o ano novo, recebemos o 13º, mais adiante tem carnaval, muitos eventos bons.

Mas, como já vimos, também é preciso prestar muita atenção em outros eventos: compras de natal, pagamento de IPTU, IPVA, matrícula, material e uniformes escolares, etc. São despesas que se somam às despesas usuais e é necessário mais recursos. Os cuidados com esses eventos se justificam para evitar começar o ano fazendo muitas dívidas.

A imagem deste post é uma piada com uma situação muito comum nesta época do ano. A pessoa recebe o 13º, paga as dívidas e logo em seguida faz mais dívidas. Não é uma boa maneira de começar o ano, mas pesquisas recentes mostram que a proporção de famílias brasileiras terminaram 2018 e vão começar 2019 endividadas e em proporção considerável. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mais da metade das famílias brasileiras, 60,1%, encontravam – se endividadas em janeiro de 2019. OPA! Muita gente.

A Peic é uma pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010 e pode ser consultada aqui:

http://cnc.org.br/central-do-conhecimento/pesquisas/economia/pesquisa-de-endividamento-e-inadimplencia-do-consumido-11

Alguns pontos que destaco dessa pesquisa:

Em janeiro de 2019:

  • Famílias endividadas: 60,1%.
  • Famílias com conta em atraso (inadimplentes): 22,9%.
  • Famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso: 9,1%.

Valores médios para o período de julho de 2018 a janeiro de 2019:

  • Famílias endividadas: 60,3%.
  • Famílias com conta em atraso (inadimplentes): 23,3%.
  • Famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso: 9,5%.
  • 50,5% dos endividados tinham entre 11% e 50% da renda comprometida com a dívida.
  • 20,1% dos endividados tinham mais de 50% da renda comprometida com a dívida.
  • A parcela média da renda comprometida com a dívida é 29,5%.

Aproveito a oportunidade para lembrar o que é dívida:

“É uma quantia que se tem de pagar a alguém.”

E também lembrar que nem sempre as dívidas são problemas. OPA! Como assim?

Caso você tenha controle sobre o seu orçamento, consiga controlar os gastos e tenha uma previsão de quitação, a dívida não deve se tornar um problema. Mesmo que sejam dívidas geradas por financiamentos de valores altos, como carro e casa.

O tipo de dívida de maior proporção apresentado pela pesquisa é o cartão de crédito. Uma simples compra com um cartão de crédito gera uma dívida e o melhor a se fazer é pagar na data de vencimento do cartão para não pagar juros. Evite o parcelamento! Lembre – se também que vivemos na “Sociedade do Hiperconsumo” (clique aqui para ler) e quem seguir o ritmo exagerado de consumo característico dessa sociedade, ainda mais com o apoio das facilidades que um cartão de crédito oferece, pode se deparar com dificuldades de pagamento em pouco tempo.

Crédito é uma fonte adicional de recursos que possibilita a antecipação do consumo.  São recursos obtidos de terceiros, não são seus e se você pegar muito pode ter problemas para pagar depois. Então prepare – se, faça o seu planejamento (use a orientação OPA), pense em consumir com segurança. Agindo assim a dívida do cartão não será um problema.

Voltando às dívidas das famílias, a pesquisa indica que a proporção de famílias endividadas é grande, porém a proporção de inadimplentes é bem menor e das que não terão condições de pagar as dívidas em atraso é menor ainda. Mesmo assim é preciso cuidado com a situação.

Outro ponto que observo é a parcela da renda comprometida com a dívida. Entre julho/18 e janeiro/19 20,1% dos endividados tinham mais de 50% da renda comprometida com a dívida, parcela de comprometimento alta não acha? Para alguém nessa situação, quais seriam as consequências de um imprevisto?

A parcela média da renda comprometida é mais baixa, encontra – se em torno de 29%, mas mesmo assim é considerável.

Seria possível escrever mais sobre os resultados da pesquisa, mas, se você já leu o texto até aqui, agora pense na sua situação! Avalie a sua situação e tome as medidas necessárias. Você pode fazer uma avaliação da situação respondendo às seguintes perguntas (é um bom início):

  • Você está muito ou pouco endividado?
  • Qual a parcela de sua renda está comprometida?
  • Você está com contas em atraso?
  • Está em condições de pagar as dívidas em atraso?

Mais uma evidência da importância da educação financeira. Até a próxima.

 

13salario

Recebeu o décimo terceiro? Tome cuidado!

OPA! Tudo bem pessoal?

Na ocasião da Black Friday apresentei um artigo com outro ponto de vista sobre consumo (leia Sobre consumismo, felicidade e educação.). Agora, na época em que se recebe o 13° salário, também é uma ocasião boa para apresentar outro ponto de vista sobre esse componente dos seus rendimentos.

Mas em primeiro lugar um aviso: aplique a orientação OPA! Você pode fazer um orçamento mensal e anual aplicando a orientação OPA. E porque não fazer o mesmo para o 13°? Será de grande ajuda para aproveitá-lo melhor. Pense nos gastos que virão no início do ano seguinte, lembre-se de que você terá que pagar IPTU, IPVA, Imposto de Renda, material e uniforme escolar, etc.

O que geralmente acontece é que você recebe o 13° salário, o saldo da sua conta aumenta e você pensa em gastar mais, em consumir mais. A tentação é grande mesmo. As promoções de natal são muitas, estão em todos os lugares e sempre tentam te convencer de que você deve aproveitar a oportunidade para fazer bons negócios.

Cuidado com a euforia! O excesso de felicidade ao receber o 13° pode gerar problemas. Quer saber como? Então vamos lá!

Considero que o maior erro que se pode cometer nesta ocasião é não quitar ou reduzir as dívidas. Em primeiro lugar você deve pensar nas dívidas! Se não pensar já começou errado, mas mesmo começando certo pode terminar errado.

OPA! Como assim?

A pessoa recebe o 13° e paga as dívidas todas (cartão de crédito, empréstimos, etc.), mas até aí tudo certo. Concorda?  A pessoa se sente tranquila, fica despreocupada, se sente mais leve, aliviada. Mas, mas … em vez de se organizar e planejar ela faz outras dívidas. Sim faz mais dívidas!

Parece que quando zeram as dívidas, as pessoas se sentem prontas para outra, para começar tudo de novo. E com esse mar de promoções em volta, começam a fazer dívidas outra vez. Não resistem a tentação de fazer outras dívidas e começam tudo de novo.

Quando se recebe o 13° é um bom momento para aplicar a OPA. O ano não tem 13 meses, mas faça um orçamento que se fosse um novo mês. Na hora de organizar priorize quitar as dívidas, antecipe a época de maiores gastos com imposto, (IPVA e IPTU, por exemplo), material e uniforme escolar, viagens e passeios de férias escolares, etc.. Sei que já falei disso, mas é sempre bom reforçar!

E para finalizar, aplicando a OPA ao seu 13° salário você poderá aproveitá-lo melhor!

Tudo de bom e boas festas!