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Temos que melhorar – última parte.

Temos que melhorar – última parte.

OPA! Tudo beleza pessoal?

Esta publicação completa a série de publicações sobre a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizada em todas as capitais e divulgada no dia 28 de janeiro de 2020.

Agora vamos ver os resultados da pesquisa que considero mais importantes:

48% dos brasileiros admitem não fazer o controle do orçamento mensal.

Um dos muitos benefícios de controlar o orçamento mensal é conseguir identificar a composição da renda e das despesas e associar um valor a cada uma delas. A renda deve ser identificada em termos líquidos e em geral tem menos fontes que as despesas. Fontes muito comuns de renda são: o salário, o 13° salário, as férias, participação em lucros, bonificações, comissões, valores recebidos de aulas particulares, etc. Toda e qualquer fonte deve ser incluída.

O controle do orçamento também deve ser realizado para que as despesas sejam menores que as receitas, isto é, que se gaste menos do que se ganha.

18% dos consumidores nem sempre conseguem pagar as contas do mês.

Este resultado da pesquisa é uma consequência imediata do resultado anterior. Sem um controle do orçamento o risco de não conseguir pagar as contas do mês aumenta muito. O orçamento ajuda a reservar e destinar recursos para as contas mais importantes do mês (água, energia elétrica, aluguel, condomínio, etc.). Também ajuda a tomar decisões baseadas em comparações de valores (se você tem ou não tem dinheiro para comprar um determinado item este mês).

Gastos não essenciais podem impactar orçamento, mas são anotados com menor frequência.

Os resultados da pesquisa, ao que parece, indicam que não se dá a mesma atenção para os gastos essenciais e os gastos não essenciais. Muitos gastos não essenciais são de valores menores que os essenciais, mas quando a soma de todos pode gerar um valor significativo no final do mês.

48% estão ou estiveram com o nome sujo nos últimos 12 meses.

É o que acontece quando não se paga a dívida

Uma boa parte das dívidas pode ser evitada fazendo um planejamento, fazendo um orçamento mensal. Mas fazer o orçamento não é suficiente, é preciso acompanhar e avaliar.

Cai o número de quem consegue terminar o mês com dinheiro sobrando

Em outras palavras, o número de pessoas que no final do mês tem dinheiro sobrando diminuiu. Como se dizia a bem pouco tempo, está sobrando mês no fim do salário.

Já pensou nas consequências disso?

Uma situação preocupante! Ainda mais que vivemos um momento de crise econômica.

A pesquisa completa e a metodologia aplicada podem ser obtidas em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/pesquisas

Finalizando, vou recapitular os pontos que já vimos aqui no blog e de que a pesquisa também trata:

A importância da educação financeira https://opafinancas.com/a-importancia-e-aplicacoes-da-educacao-financeira/

Preparação do orçamento https://opafinancas.com/preparacao-do-orcamento/

Sobre consumismo, felicidade e educação https://opafinancas.com/sobre-consumismo-felicidade-e-educacao/

Um pouco sobre dívidas https://opafinancas.com/um-pouco-sobre-dividas/

Um pouco mais sobre dívidas https://opafinancas.com/um-pouco-mais-sobre-dividas/

Organizar primeiro a renda https://opafinancas.com/organizar-primeiro-a-renda/

Organizar as despesas https://opafinancas.com/organizar-as-despesas/

Você sabe com que gasta? https://opafinancas.com/voce-sabe-com-que-gasta/

Tem também outras publicações relacionadas com educação financeira que certamente vão te ajudar muito.

Abraço e até a próxima.

Um pouco sobre dívidas.

OPA! Tudo bem com vocês?

O final de um ano e o início do ano seguinte é uma época de muita alegria. E motivos não faltam afinal festejamos o Natal e o ano novo, recebemos o 13º, mais adiante tem carnaval, muitos eventos bons.

Mas, como já vimos, também é preciso prestar muita atenção em outros eventos: compras de natal, pagamento de IPTU, IPVA, matrícula, material e uniformes escolares, etc. São despesas que se somam às despesas usuais e é necessário mais recursos. Os cuidados com esses eventos se justificam para evitar começar o ano fazendo muitas dívidas.

A imagem deste post é uma piada com uma situação muito comum nesta época do ano. A pessoa recebe o 13º, paga as dívidas e logo em seguida faz mais dívidas. Não é uma boa maneira de começar o ano, mas pesquisas recentes mostram que a proporção de famílias brasileiras terminaram 2018 e vão começar 2019 endividadas e em proporção considerável. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mais da metade das famílias brasileiras, 60,1%, encontravam – se endividadas em janeiro de 2019. OPA! Muita gente.

A Peic é uma pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010 e pode ser consultada aqui:

http://cnc.org.br/central-do-conhecimento/pesquisas/economia/pesquisa-de-endividamento-e-inadimplencia-do-consumido-11

Alguns pontos que destaco dessa pesquisa:

Em janeiro de 2019:

  • Famílias endividadas: 60,1%.
  • Famílias com conta em atraso (inadimplentes): 22,9%.
  • Famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso: 9,1%.

Valores médios para o período de julho de 2018 a janeiro de 2019:

  • Famílias endividadas: 60,3%.
  • Famílias com conta em atraso (inadimplentes): 23,3%.
  • Famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso: 9,5%.
  • 50,5% dos endividados tinham entre 11% e 50% da renda comprometida com a dívida.
  • 20,1% dos endividados tinham mais de 50% da renda comprometida com a dívida.
  • A parcela média da renda comprometida com a dívida é 29,5%.

Aproveito a oportunidade para lembrar o que é dívida:

“É uma quantia que se tem de pagar a alguém.”

E também lembrar que nem sempre as dívidas são problemas. OPA! Como assim?

Caso você tenha controle sobre o seu orçamento, consiga controlar os gastos e tenha uma previsão de quitação, a dívida não deve se tornar um problema. Mesmo que sejam dívidas geradas por financiamentos de valores altos, como carro e casa.

O tipo de dívida de maior proporção apresentado pela pesquisa é o cartão de crédito. Uma simples compra com um cartão de crédito gera uma dívida e o melhor a se fazer é pagar na data de vencimento do cartão para não pagar juros. Evite o parcelamento! Lembre – se também que vivemos na “Sociedade do Hiperconsumo” (clique aqui para ler) e quem seguir o ritmo exagerado de consumo característico dessa sociedade, ainda mais com o apoio das facilidades que um cartão de crédito oferece, pode se deparar com dificuldades de pagamento em pouco tempo.

Crédito é uma fonte adicional de recursos que possibilita a antecipação do consumo.  São recursos obtidos de terceiros, não são seus e se você pegar muito pode ter problemas para pagar depois. Então prepare – se, faça o seu planejamento (use a orientação OPA), pense em consumir com segurança. Agindo assim a dívida do cartão não será um problema.

Voltando às dívidas das famílias, a pesquisa indica que a proporção de famílias endividadas é grande, porém a proporção de inadimplentes é bem menor e das que não terão condições de pagar as dívidas em atraso é menor ainda. Mesmo assim é preciso cuidado com a situação.

Outro ponto que observo é a parcela da renda comprometida com a dívida. Entre julho/18 e janeiro/19 20,1% dos endividados tinham mais de 50% da renda comprometida com a dívida, parcela de comprometimento alta não acha? Para alguém nessa situação, quais seriam as consequências de um imprevisto?

A parcela média da renda comprometida é mais baixa, encontra – se em torno de 29%, mas mesmo assim é considerável.

Seria possível escrever mais sobre os resultados da pesquisa, mas, se você já leu o texto até aqui, agora pense na sua situação! Avalie a sua situação e tome as medidas necessárias. Você pode fazer uma avaliação da situação respondendo às seguintes perguntas (é um bom início):

  • Você está muito ou pouco endividado?
  • Qual a parcela de sua renda está comprometida?
  • Você está com contas em atraso?
  • Está em condições de pagar as dívidas em atraso?

Mais uma evidência da importância da educação financeira. Até a próxima.

 

Evento dia 8-11-2018 UNIVERSO

Palestra na Universidade Salgado de Oliveira

OPA! Tudo bem pessoal?

O encontro sobre Introdução à Educação Financeira, uma das atividades de extensão programadas para o Evento Multidisciplinar Universo em Expansão da Universidade Salgado de Oliveira, campus Belo Horizonte – Universo/BH – foi realizado no dia 8 de novembro de 2018.

Para a maioria dos participantes, todos alunos de graduação, foi o primeiro contato “mais formal” com a disciplina (mas nunca é tarde para começar) e também uma oportunidade de refletir sobre a importância da disciplina no dia a dia.

O primeiro passo de uma longa caminhada foi dado! Sucesso aos participantes!