Paulo Roberto Agrizzi Nacaratti

Sobre o Paulo Roberto

OPA! Tudo bem com vocês?

Meu nome é Paulo, sou graduado em Matemática (Universidade Federal Fluminense/RJ) e Administração (PUC/MG), com especialização em Estatística (Universidade Federal de Lavras/MG) e Mestre em Ciências em Engenharia de Sistemas e Computação (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Também conclui diversos cursos de formação complementar em educação financeira pela Fundação Getúlio Vargas, Fundação Bradesco entre outras instituições. Esta formação é fortemente influenciada pelos conselhos dos meus pais que sempre incentivaram seus filhos a dedicarem-se aos estudos.

Mas os fatores de influência foram muitos, também destaco os incentivos de professoras e professores desde os primeiros anos de escola. Esse conjunto de influencias e de influenciadores ao longo do tempo desenvolveu minha visão, ou talvez deva chamar de percepção, da interligação entre os diversos conteúdos estudados na escola. Essa visão, ou percepção, se consolidou durante as graduações e ajudou muito profissionalmente.

Sou um profissional com grande experiência em educação, atuando desde 1993, principalmente no nível superior tanto em cursos presenciais quanto no ensino a distância. A formação em matemática e em estatística me permitiu lecionar em cursos de Administração, Biomedicina, Ciências Biológicas, Ciência da Computação, Educação Física, Enfermagem, Engenharia (de alimentos, elétrica, de produção e química), Fisioterapia, Medicina, Serviço Social e Sistemas de Informação.

No decorrer desse tempo, como se pode ver, tive a oportunidade e o prazer de conhecer, descobrir e mostrar a aplicação dos conteúdos das minhas áreas de formação em diversas áreas do conhecimento. Também não faltaram desafios, pois as aplicações surpreenderam a maioria dos alunos, principalmente nos cursos de ciências da saúde. Um dos grandes desafios foi atuar em orientações sobre estatística em aplicações nos trabalhos de conclusão de cursos de graduação dos cursos de fisioterapia e educação física. Para uma boa parte deles matemática e estatística era um grande “mistério” e precisaram estudar aplicações em suas áreas de formação específica.

Nos cursos de engenharia, computação e administração os desafios são diferentes, mas não são menores, com aplicações de matemática e estatística de modo intensivo. Nesses cursos trabalho conteúdos de pesquisa operacional, matemática financeira, engenharia econômica, cálculo diferencial e integral, etc.

Acrescente-se a tudo isso as atividades de extensão, iniciação científica, participação em bancas e orientações de trabalhos de conclusão de curso e a publicação de alguns artigos. Considero uma experiência extraordinária, formidável!

Entretanto, esse contato com os alunos não se restringiu a sala de aula. Tive a oportunidade de acompanhar uma parte da trajetória deles no curso de graduação. O entusiasmo com a perspectiva profissional, de melhorar de vida, de crescimento é um sentimento muito forte, ainda mais nessa fase. Para alguns não se tratava mais de perspectiva, já era uma realidade. Mas também era uma realidade com muitas preocupações. Objetivos foram alcançados, mas ao mesmo tempo surgiram problemas, pois o aumento da renda foi acompanhado de novas responsabilidades e, para alguns, de dívidas. E diante desses acontecimentos eu me perguntava: O que estava errado?

Identificar o erro não é muito difícil. A partir de um levantamento de dados das receitas e despesas é possível descobrir a origem e caracterizar o problema. Depois de conhecido o problema, o próximo passo é resolvê-lo. Porém a solução exige algumas mudanças, é preciso um novo olhar das finanças pessoais e começar a agir de modo diferente. Mas mudanças, inicialmente, geram resistências e nem sempre são muito bem vindas. Além da necessidade de mudar, observei no desafio outras características muito interessantes: a solução é individual e deve ser de aplicação contínua. OPA! Esse era mais um dos meus desafios: auxiliar na organização das finanças pessoais!

Considero esse desafio como um obstáculo que para ser ultrapassado requer conhecimentos de Educação Financeira, principalmente os de planejamento. Entretanto, no Brasil ainda não se dá a devida importância à Educação Financeira. Muitas pessoas se encontram na situação que descrevi anteriormente em consequência do pequeno nível conhecimento em Educação Financeira. Mas é possível resolver essas situações com uma grande proporção de conhecimentos básicos.

Esse foi o ponto de partida para organizar um trabalho de difusão dos conhecimentos de Educação Financeira. Comecei a estudar sobre o assunto em 1994, ano em que começou a ser implementado o Plano Real no governo Itamar Franco, mas ainda sem a ideia de um trabalho de difusão desse conhecimento. O Plano Real foi um programa de estabilização econômica com o objetivo principal de controlar a hiperinflação que em três décadas acumulou 1,1 quatrilhão por cento! Uma inflação de 16 dígitos.

Durante esse período de inflação a característica principal das decisões financeiras foi o curto-prazismo. A prioridade dos indivíduos era defender o seu poder aquisitivo e o seu patrimônio. Isso conduz a decisões imediatistas e o horizonte de planejamento se reduz, os indivíduos priorizaram o consumo e a cultura de poupança de longo prazo perdeu importância. Tudo isso fez com que conteúdos relacionados com a Educação Financeira fossem deixados de lado, esquecidos e não foram transmitidos para os filhos, aqueles alunos que eu encontrei fazendo faculdade.

Com a estabilidade, porém, a situação muda drasticamente e é necessário um longo aprendizado por parte dos indivíduos e das famílias de uma nova ênfase da gestão financeira de seu patrimônio pessoal. Entretanto, é um aprendizado que não ocorre naturalmente, os noticiários sobre o endividamento das famílias e a situação em que os meus alunos se encontravam confirmam isto.

OPA! Se o aprendizado é longo, o quanto antes começar melhor!

Comecei o trabalho de difusão a partir de contatos pessoais e agora estou ampliando para cursos, palestras e atividades universitárias de extensão.  Temos muito que conversar sobre planejamento financeiro principalmente, mas também sobre finanças pessoais, orçamento pessoal/familiar, investimentos, aposentadoria, etc.

Agora deixo uma observação final, a Educação Financeira tem muitos conteúdos interessantes e importantes para serem estudados e descobertos, mas a decisão de aplicar esses conhecimentos é responsabilidade de cada um.

Abraços e até a próxima.

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