O que será o amanhã?
OPA! E então pessoal?
O “novo normal” parece ser a principal preocupação dos últimos meses. Mas não é a única! Preocupações com a qualidade dos serviços de saúde, com home office, com o ensino à distância, com o coronavírus tornando-se endêmico, com uma vacina, são outras muito discutidas. O “novo normal” talvez imponha muitas mudanças, é uma grande incerteza e as incertezas sempre incomodam, trazem desconforto. Eu não faço a menor ideia de como será o “novo normal” e nem vou fazer previsões. O que já se sabe, o que já é certo, é a ausência dos muitos parentes e amigos em consequência da pandemia, aos quais apresento minha solidariedade às famílias enlutadas.
Não podemos esquecer que também existem as preocupações “pré-novo normal”. Elas já existiam antes e não desapareceram com o isolamento social. E acredito que muitas delas sobreviverão a este período. Vou enfatizar aquelas que estão relacionados com a educação financeira.
Pesquisas mostram uma situação nada boa da nossa população antes e durante a pandemia.
Uma pesquisa com duas mil pessoas realizada pela consultoria Consumoteca, de maio de 2020, mostrou que aproximadamente (fonte dos dados):
- 15% dos brasileiros se endividaram durante a pandemia.
- 21% consideram que nos próximos meses se endividarão.
Em junho de 2020 os valores totais da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), que começou em janeiro de 2010, foram os maiores da série histórica. Em números totais (fonte dos dados):
- 67,1% das famílias estão endividadas,
- 25,4% das famílias estão com dívidas ou contas em atraso e
- 11,6% não terão condições de pagar suas dívidas.
Observe no gráfico a seguir que o total de famílias endividadas praticamente não parou de crescer desde junho de 2018! Bem antes da pandemia do coronavirus como se pode ver. E que vem se mantendo durante a pandemia.
Os números traduzem uma situação que não é boa, infelizmente! Como já ressaltei, eles devem sobreviver ao período de pandemia e talvez, pelo menos nesse aspecto específico, o “novo normal” não será muito diferente.
Mas vamos ser otimistas! Quem sabe tudo possa ser renegociado em condições vantajosas para os endividados? Quem sabe? Tomara que sim, será muito bom, mas muito bom mesmo.
Independente de como seja o “novo normal”, incorpore a ele conhecimentos de educação financeira. São conceitos simples e úteis.
Um grande abraço e até a próxima.
Foto de Nandhu Kumar no Pexels
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