Um pouco mais sobre dívidas.

OPA! Tudo bem com vocês?

Em uma postagem anterior (ler aqui) vimos que as proporções de famílias endividadas, segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), são consideráveis. Agora vamos avaliar a composição, os principais elementos, da dívida das famílias brasileiras.

Ficou curioso? Então lá vai:

Tipo de dívida % de famílias
Cartão de crédito 78,0
Carnê 14,4
Financiamento de carro 10,0
Financiamento de casa 8,5

Esses dados são da pesquisa de março de 2019, mas o gráfico que segue mostra que não há diferença muito grande nas proporções desde março de 2018.

Gráfico 1: Percentual de famílias por tipo de dívida.

Observe que o cartão de crédito é disparado o principal elemento das dívidas das famílias brasileiras. Os carnês ficam em segundo lugar, porém muito distante do cartão de crédito. Já vimos que dívidas geradas por financiamentos de valores altos como os de casa e carro podem não criar problemas, desde que se tenha controle sobre o seu orçamento, consiga controlar os gastos. Mas é sempre bom ter atenção especial, pois são financiamentos de valores altos e preparar um orçamento pode ajudar muito. Esses tipos de dívidas aparecem em 3°, financiamento de carro, e 4° lugar na pesquisa com 10% e 8,5% respectivamente.

Os dois primeiros lugares da lista, cartão de crédito e carnês, nessa ordem, estão vinculados ao consumo e “diante dos impactos do hiperconsumo, ações educativas são bem-vindas” (ler mais sobre o assunto aqui).

Um dos impactos, como se pode ver pela pesquisa Peic, é um nível de endividamento considerável. E aqui observo que a pesquisa não entra em detalhes dos impactos, das consequências, do endividamento na vida das pessoas. Seria interessante que o leitor refletisse sobre a própria situação, principalmente os que se encontram na situação de endividamento.

Ações educativas podem contribuir para consumir de forma consciente e para evitar o consumismo compulsivo. Não é errado querer as coisas que não são essenciais, mas o melhor é que as decisões de consumo sejam tomadas com equilíbrio entre a razão e a emoção.

Este equilíbrio pode ser conseguido com boas noções de educação financeira, um processo educativo que pode contribuir para uma vida melhor.

Tudo de bom e até a próxima.

Créditos:

<a href=”https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/cartao-de-visita”>Cartão de visita vetor criado por macrovector – br.freepik.com</a>

Um pouco sobre dívidas.

OPA! Tudo bem com vocês?

O final de um ano e o início do ano seguinte é uma época de muita alegria. E motivos não faltam afinal festejamos o Natal e o ano novo, recebemos o 13º, mais adiante tem carnaval, muitos eventos bons.

Mas, como já vimos, também é preciso prestar muita atenção em outros eventos: compras de natal, pagamento de IPTU, IPVA, matrícula, material e uniformes escolares, etc. São despesas que se somam às despesas usuais e é necessário mais recursos. Os cuidados com esses eventos se justificam para evitar começar o ano fazendo muitas dívidas.

A imagem deste post é uma piada com uma situação muito comum nesta época do ano. A pessoa recebe o 13º, paga as dívidas e logo em seguida faz mais dívidas. Não é uma boa maneira de começar o ano, mas pesquisas recentes mostram que a proporção de famílias brasileiras terminaram 2018 e vão começar 2019 endividadas e em proporção considerável. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mais da metade das famílias brasileiras, 60,1%, encontravam – se endividadas em janeiro de 2019. OPA! Muita gente.

A Peic é uma pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010 e pode ser consultada aqui:

http://cnc.org.br/central-do-conhecimento/pesquisas/economia/pesquisa-de-endividamento-e-inadimplencia-do-consumido-11

Alguns pontos que destaco dessa pesquisa:

Em janeiro de 2019:

  • Famílias endividadas: 60,1%.
  • Famílias com conta em atraso (inadimplentes): 22,9%.
  • Famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso: 9,1%.

Valores médios para o período de julho de 2018 a janeiro de 2019:

  • Famílias endividadas: 60,3%.
  • Famílias com conta em atraso (inadimplentes): 23,3%.
  • Famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso: 9,5%.
  • 50,5% dos endividados tinham entre 11% e 50% da renda comprometida com a dívida.
  • 20,1% dos endividados tinham mais de 50% da renda comprometida com a dívida.
  • A parcela média da renda comprometida com a dívida é 29,5%.

Aproveito a oportunidade para lembrar o que é dívida:

“É uma quantia que se tem de pagar a alguém.”

E também lembrar que nem sempre as dívidas são problemas. OPA! Como assim?

Caso você tenha controle sobre o seu orçamento, consiga controlar os gastos e tenha uma previsão de quitação, a dívida não deve se tornar um problema. Mesmo que sejam dívidas geradas por financiamentos de valores altos, como carro e casa.

O tipo de dívida de maior proporção apresentado pela pesquisa é o cartão de crédito. Uma simples compra com um cartão de crédito gera uma dívida e o melhor a se fazer é pagar na data de vencimento do cartão para não pagar juros. Evite o parcelamento! Lembre – se também que vivemos na “Sociedade do Hiperconsumo” (clique aqui para ler) e quem seguir o ritmo exagerado de consumo característico dessa sociedade, ainda mais com o apoio das facilidades que um cartão de crédito oferece, pode se deparar com dificuldades de pagamento em pouco tempo.

Crédito é uma fonte adicional de recursos que possibilita a antecipação do consumo.  São recursos obtidos de terceiros, não são seus e se você pegar muito pode ter problemas para pagar depois. Então prepare – se, faça o seu planejamento (use a orientação OPA), pense em consumir com segurança. Agindo assim a dívida do cartão não será um problema.

Voltando às dívidas das famílias, a pesquisa indica que a proporção de famílias endividadas é grande, porém a proporção de inadimplentes é bem menor e das que não terão condições de pagar as dívidas em atraso é menor ainda. Mesmo assim é preciso cuidado com a situação.

Outro ponto que observo é a parcela da renda comprometida com a dívida. Entre julho/18 e janeiro/19 20,1% dos endividados tinham mais de 50% da renda comprometida com a dívida, parcela de comprometimento alta não acha? Para alguém nessa situação, quais seriam as consequências de um imprevisto?

A parcela média da renda comprometida é mais baixa, encontra – se em torno de 29%, mas mesmo assim é considerável.

Seria possível escrever mais sobre os resultados da pesquisa, mas, se você já leu o texto até aqui, agora pense na sua situação! Avalie a sua situação e tome as medidas necessárias. Você pode fazer uma avaliação da situação respondendo às seguintes perguntas (é um bom início):

  • Você está muito ou pouco endividado?
  • Qual a parcela de sua renda está comprometida?
  • Você está com contas em atraso?
  • Está em condições de pagar as dívidas em atraso?

Mais uma evidência da importância da educação financeira. Até a próxima.

 

13salario

Recebeu o décimo terceiro? Tome cuidado!

OPA! Tudo bem pessoal?

Na ocasião da Black Friday apresentei um artigo com outro ponto de vista sobre consumo (leia Sobre consumismo, felicidade e educação.). Agora, na época em que se recebe o 13° salário, também é uma ocasião boa para apresentar outro ponto de vista sobre esse componente dos seus rendimentos.

Mas em primeiro lugar um aviso: aplique a orientação OPA! Você pode fazer um orçamento mensal e anual aplicando a orientação OPA. E porque não fazer o mesmo para o 13°? Será de grande ajuda para aproveitá-lo melhor. Pense nos gastos que virão no início do ano seguinte, lembre-se de que você terá que pagar IPTU, IPVA, Imposto de Renda, material e uniforme escolar, etc.

O que geralmente acontece é que você recebe o 13° salário, o saldo da sua conta aumenta e você pensa em gastar mais, em consumir mais. A tentação é grande mesmo. As promoções de natal são muitas, estão em todos os lugares e sempre tentam te convencer de que você deve aproveitar a oportunidade para fazer bons negócios.

Cuidado com a euforia! O excesso de felicidade ao receber o 13° pode gerar problemas. Quer saber como? Então vamos lá!

Considero que o maior erro que se pode cometer nesta ocasião é não quitar ou reduzir as dívidas. Em primeiro lugar você deve pensar nas dívidas! Se não pensar já começou errado, mas mesmo começando certo pode terminar errado.

OPA! Como assim?

A pessoa recebe o 13° e paga as dívidas todas (cartão de crédito, empréstimos, etc.), mas até aí tudo certo. Concorda?  A pessoa se sente tranquila, fica despreocupada, se sente mais leve, aliviada. Mas, mas … em vez de se organizar e planejar ela faz outras dívidas. Sim faz mais dívidas!

Parece que quando zeram as dívidas, as pessoas se sentem prontas para outra, para começar tudo de novo. E com esse mar de promoções em volta, começam a fazer dívidas outra vez. Não resistem a tentação de fazer outras dívidas e começam tudo de novo.

Quando se recebe o 13° é um bom momento para aplicar a OPA. O ano não tem 13 meses, mas faça um orçamento que se fosse um novo mês. Na hora de organizar priorize quitar as dívidas, antecipe a época de maiores gastos com imposto, (IPVA e IPTU, por exemplo), material e uniforme escolar, viagens e passeios de férias escolares, etc.. Sei que já falei disso, mas é sempre bom reforçar!

E para finalizar, aplicando a OPA ao seu 13° salário você poderá aproveitá-lo melhor!

Tudo de bom e boas festas!

Sobre consumismo, felicidade e educação.

Sobre consumismo, felicidade e educação.

OPA! Tudo bem pessoal?

Aproveito a ocasião, uma Black Friday, para postar integralmente um artigo muito interessante publicado no jornal Extra Classe, do SINPRO – MG, em dezembro de 2012, mas ainda bem atual. Uma análise bem interessante mesmo, vale a pena ler e refletir. Boa leitura!

Sociedade consumista

Diante dos impactos do hiperconsumo, ações educativas são bem-vindas.

“O consumismo descarta nossos modos naturais humanos de exibir características e nos mantém ocupados demais trabalhando para consumir sempre mais”.

 

Esse pensamento do psicólogo Geoffrey Miller, professor da universidade do Novo México (EUA), traduz a realidade vivida hoje por milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Acordar cedo, correr para o trabalho e se esforçar muito para ganhar dinheiro. Depois de tanto correr, é hora de comprar e gastar, vestir roupas da moda, portar novos acessórios, e assim estar ”pronto” para o convívio social, superficial. Repletos de bens de consumo e exaustos no outro dia, é preciso trabalhar mais para pagar as contas das compras feitas, e assim gira a roda do capitalismo.

“O consumo é um fenômeno social, cultural, de troca. No tempo em que vivemos, consumir é imperativo. É como se não existisse a possibilidade de não consumir”,

destaca Laura Guimarães Corrêa, doutora em Comunicação, professora e coordenadora do GrisPub – Grupo de Pesquisa em Publicidade, Mídia e Consumo da UFMG. Para ela, o consumo é uma espécie de identidade na atualidade.

“As pessoas consomem para fazer parte de um grupo social, para serem reconhecidas como sujeitos capazes de consumir, e ainda como recompensa ou merecimento diante das dificuldades cotidianas”, alerta.

O momento atual é também conhecido como Sociedade do Consumo. Em uma avançada etapa de desenvolvimento industrial capitalista, essa sociedade se caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços, disponíveis graças a sua elevada produção. Esse desenvolvimento, que alterou os padrões de consumo, no entanto, trouxe fortes impactos para o mundo em que vivemos. Desequilíbrio populacional, destruição do meio ambiente, pobreza estrutural, desigualdade social, violência, mudanças de valores e comportamentos, materialismo são alguns dos problemas a serem enfrentados na atualidade.

Felicidade inatingível.

Um dos pilares da sociedade do consumo é a publicidade, que se cria necessidades e potencializa desejos. De acordo com a professora Laura Corrêa, as pessoas consomem mais por desejo do que por necessidade.

“A publicidade se apropria disso e, a partir de diferentes estratégias discursivas, tenta promover a satisfação imediata dos desejos através do consumo. No entanto, a satisfação de um desejo é só o início de um novo desejo, pois se os bens satisfizerem quem os consome, o sistema capitalista não se sustenta”, destacou.

De acordo com o professor Ricardo Teixeira da Veiga, doutor em Administração e pesquisador do Núcleo de Estudos do Comportamento do Consumidor da UFMG, as necessidades e desejos muitas vezes são construídos pelas próprias empresas.

“A pessoa passa a consumir pelo signo, pelo simbólico, não pelo valor de uso do produto”, destaca.

Para Renata Livramento Mendes, psicóloga e doutoranda em Administração e Marketing, devemos pensar nos nossos valores para então fazer escolhas de consumo, ao invés de atribuir valor ao que consumimos. Segundo ela, essas contradições caracterizam o nosso tempo, em que se cultua um ideal de felicidade inatingível.

“As sociedades estão cada vez mais ricas, ao mesmo tempo em que há um número crescente de pessoas que vivem na precariedade de recursos. Há também um grande número de pessoas que sentem uma falta constante, mesmo consumindo. Perseguem o ideal de uma felicidade plena, que não existe. Existem momentos felizes que se somam”, pontua.

Hiperconsumo.

Já se nomeia essa época de intensa busca pela satisfação dos desejos como Sociedade do Hiperconsumo. Para Gilles Lipovetsky, professor de Filosofia na Universidade de Grenoble (França), essa á uma nova fase do capitalismo;

“Eis que nasce um terceiro tipo de homo consumericus, voraz, móvel, flexível, liberto da antiga cultura de classe, imprevisível nos seus gostos e nas suas compras e sedento de experiências emocionais e de (mais) bem estar, de marcas, de autenticidade, de imediatismo, de comunicação”,

aborda o autor de A Felicidade Paradoxal – Ensaio sobre a Sociedade do Hiperconsumo. Nesse ritmo de consumo exagerado, cresce o vazio e o sofrimento diante da insaciedade.

“O que nos faz sofrer não é a escassez, é o excesso de oferta. Ao consumir demasiadamente, estamos sendo consumidos”,

alerta Luciano Sotero Santiago, mestre em Direito e promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais. Para ele é preciso e possível resistir às armadilhas do consumo.

“O mercado aliena o meu desejo, consegue transformar valores em mercadoria. Mas posso refletir: esses valores do mercado não meus”.

Consumo no Brasil.

Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/09, feita pelo IBGE, a família brasileira gasta, em média, R$ 2.626,31 por mês, e as do Sudeste gastam mais (R$ 3.135,80), quase o dobro das famílias do Nordeste (R$ 1.700,26), que têm a menor despesa. Desigualdade semelhante é encontrada entre a despesa média nas áreas urbana (R$ 2.853,13) e rural (R$ 1.397,29). No Sul e no Sudeste, as famílias de menor rendimento mensal (até R$ 830,00) gastam em média mais do que recebem (R$ 929,75 e R$ 831,67, respectivamente). As despesas de consumo são o mais importante componente das despesas das famílias e representam 81,3% do total (ou R$ 2.134,77) nacional.

Educação para o consumo.

Debates como esses em torno da temática do consumo fizeram parte do II Seminário Educação para o Consumo, realizado em 29 e 30 de outubro de 2012, pela Escola Estadual de Defesa do Consumidor, do Procon-MG. Além desse evento, a Escola promove cursos e atividades voltados para a formação de professores e estudantes na temática do consumo consciente, entre eles o projeto Procon Mirim. Informações em: www.mp.mg.gov.br/procon.

Para o promotor Luciano Sotero, o professor tem um papel fundamental na formação de cidadãos mais conscientes.

“É preciso que o professor também tenha uma visão crítica. E na sociedade de consumo é muito difícil ter uma visão crítica, porque a todo momento nós somos bombardeados pela educação do capital”, alerta.

De acordo com o professor Ricardo Teixeira da Veiga, doutor em Administração e pesquisador do Núcleo de Estudos do Comportamento do Consumidor da UFMG, a educação colabora para que os cidadãos sejam mais críticos e menos sujeitos às armadilhas do consumo.

“Os caminhos para a construção de um mundo menos consumista e mais sustentável passam por estimular as pessoas para uma participação social mais construtiva, seja através da educação, da política, da ecologia, do humor e da vida baseada em valores como simplicidade, solidariedade e ética”, aponta.

Jornal Extra – Classe 139/dezembro 2012.

Evento dia 8-11-2018 UNIVERSO

Palestra na Universidade Salgado de Oliveira

OPA! Tudo bem pessoal?

O encontro sobre Introdução à Educação Financeira, uma das atividades de extensão programadas para o Evento Multidisciplinar Universo em Expansão da Universidade Salgado de Oliveira, campus Belo Horizonte – Universo/BH – foi realizado no dia 8 de novembro de 2018.

Para a maioria dos participantes, todos alunos de graduação, foi o primeiro contato “mais formal” com a disciplina (mas nunca é tarde para começar) e também uma oportunidade de refletir sobre a importância da disciplina no dia a dia.

O primeiro passo de uma longa caminhada foi dado! Sucesso aos participantes!

 

 

Palestra - Senai - 9 de novembro de 2018

Evento dia 9-11-2018 SENAI

OPA! Tudo bem com vocês?

Primeiro, agradeço a Jackson Douglas dos Santos e Natália Trindade pelo empenho em viabilizar a realização do evento realizado dia 9 de novembro de 2018 no SENAI – CETEL: o encontro sobre Introdução à Educação Financeira. O encontro contou com a participação majoritária de alunos entre 16 e 18 anos. E participação não é exagero! Muitas intervenções e perguntas marcaram o encontro, parecia mais um bate papo de tão descontraído que ficou o clima.

Para muitos deles foi o primeiro contato com a disciplina! E mesmo assim contribuíram falando de mensalidades e matrículas escolares, pagamento de contas, financiamentos de carros e de imóveis, etc. O primeiro passo foi dado, desejo que não parem de caminhar.

    

   

Palestra na Faculdade Universo - BH

Palestra sobre Introdução à Educação Financeira no campus da Universidade Salgado de Oliveira, UNIVERSO BH

OPA! Tudo bem com vocês?

No dia 8 de novembro de 2018 ocorrerá uma palestra sobre Introdução à Educação Financeira no campus da Universidade Salgado de Oliveira, UNIVERSO BH. A palestra está incluída na programação do evento multidisciplinar Universo em Expansão, será aberta ao público e gratuita. Mas a participação pode ser solidária, como ação social, os participantes podem contribuir doando 1 kg de alimento não perecível (exceto sal), a ser entregue no momento do check-in.

A UNIVERSO BH fica localizada a Rua Paru, 762 – Nova Floresta – Belo Horizonte.

A palestra Introdução à Educação Financeira é uma parte do curso de extensão do mesmo nome que é oferecido durante os semestres letivos e aberto ao público. Enfatizará a importância do planejamento financeiro e do orçamento familiar/pessoal. Tratará de conceitos e benefícios sobre os temas, mas relacionando-os com aspectos reais, do dia a dia dos participantes. Será uma excelente oportunidade para estabelecer os primeiros contatos com uma disciplina tão importante e tão atual.

 

 

Palestra na Faculdade Universo - BH

Palestra na Faculdade Universo – BH

 

 

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Informações sobre o Evento : Saiba Mais

 

 

palestra sobre Introdução à Educação Financeira, exclusivamente para alunos do SENAI – CETEL

Palestra sobre Introdução à Educação Financeira, exclusiva para alunos do SENAI – CETEL

OPA! Tudo bem com vocês?

No dia 9 de novembro de 2018 ocorrerá uma palestra sobre Introdução à Educação Financeira, exclusivamente para alunos do SENAI – CETEL. O local será o CETEL que fica localizado a Rua Santo Agostinho, 1717 no Bairro Horto.

O interesse de uma instituição de tradição e prestígio na educação como o SENAI comprova a importância da educação financeira na atualidade o que justifica o registro de sua realização.

A palestra enfatizará a importância do planejamento financeiro e do orçamento familiar/pessoal. Tratará de conceitos e benefícios sobre os temas, mas relacionando-os com aspectos reais, do dia a dia dos participantes. Será uma excelente oportunidade para estabelecer os primeiros contatos com uma disciplina tão importante e tão atual.

 

 

Preparação do Orçamento - OPA Finanças

Preparação do Orçamento

OPA! Tudo bem com vocês?

A orientação OPA já foi apresentada de modo resumido, agora vamos entrar um pouco mais nos detalhes. Neste texto serão tratadas as atividades de organização e planejamento. O resultado da execução dessas duas atividades é o orçamento familiar ou pessoal, um instrumento muito importante.

Organizar + Planejar = Orçamento familiar/pessoal

Vimos que OPA é a sigla de Organizar, Planejar, Avaliar, Acompanhar, Aproveitar que podem ser entendidas como as atividades da orientação. Também já vimos que a educação financeira é um processo, a OPA também é! As atividades são realizadas de forma contínua e prolongada, ao final de um ciclo inicia-se imediatamente o ciclo seguinte. O diagrama que segue mostra como funcionaria nos três primeiros meses do ano. Nas viradas dos meses um ciclo termina e outro começa.

Uma característica importante da orientação é que não há um limite rígido entre as atividades. Muitas tarefas da organização ajudam muito no planejamento e o mesmo também acontece entre o planejamento e a avaliação dentro de um ciclo e entre a avaliação e a organização no final de um ciclo e início de outro. O mais importante é entender a importância das atividades, como fazer cada uma delas e qual a relação que existe entre elas.

 

  • Cada ciclo começa com a organização. Organizar consiste basicamente em identificar a composição da sua renda e de suas despesas e em associar um valor a cada uma delas. A renda deve ser identificada em termos líquidos e em geral tem menos fontes que as despesas. Fontes muito comuns de renda são: o salário, o 13° salário, as férias, participação em lucros, bonificações, comissões, valores recebidos de aulas particulares, etc. Toda e qualquer fonte deve ser incluída.

 

Fazendo isto você consegue estabelecer pesos, proporções e a importância das fontes e estabelecer relações entre elas. Por exemplo, as comissões por vendas pode ser 50% de toda a renda familiar, então ela será mais importante do que uma fonte de renda extra que corresponde a 10%. Você também poderá calcular o quanto ganha por hora e usar este valor para futuras avaliações. Outra utilidade de se identificar as fontes de renda é que isto permite pensar em maneiras de aumentar a renda com as fontes atuais ou pensar em novas fontes.

O mesmo deve ser feito com as despesas. Entretanto, as despesas geralmente têm um número de fontes maior. Fontes muito comuns de despesas: conta de água, conta de luz, mensalidade da escola dos filhos, mensalidade da faculdade, conta telefone/celular, supermercado, internet, tv a cabo, aluguel do apartamento, condomínio, mensalidade da academia, cartão de crédito, etc. A lista é muito grande! Pense no seu caso!

 

  • Também ajuda a calcular proporções e relações entre as despesas. Com essa identificação será possível saber quais as de maior peso e pensar em formas de acompanhar com mais atenção e até mesmo reduzir.

 

  • A organização também inclui registrar, armazenar e manter a documentação. Contas, boletos, notas fiscais, carnês, recibos, extratos de conta bancária, etc. são mais fáceis de registrar e armazenar (você pode usar uma pasta para isso). Todo tipo de registro é importante, pois ajudam a identificar as fontes de renda e de despesas, mas também existem muitos desses itens que não têm registro formal e podem ser esquecidos e, em consequência, não serão contados, caso não seja feito um registro manual por exemplo. Dependendo do valor desses itens, quantias razoáveis poderão ser desconsideradas e as contas não fecharão. OPA! Muita atenção nesses detalhes. Em seguida prepare-se para planejar. Um dos resultados da atividade de Planejar é oferecer uma visão clara e abrangente das suas finanças pessoais ou familiar. As identificações, registros, anotações, etc. realizados na organização serão o ponto de partida do planejamento. De certa forma são pontos comuns das atividades de organização e planejamento.

 

Em seguida prepare-se para planejar. Um dos resultados da atividade de Planejar é oferecer uma visão clara e abrangente das suas finanças pessoais ou familiar. As identificações, registros, anotações, etc. realizados na organização serão o ponto de partida do planejamento. De certa forma são pontos comuns das atividades de organização e planejamento.

Com as fontes de renda e de despesa identificadas e com os valores de cada uma delas associados, será possível comparar valores, calcular as proporções de cada item, estabelecer as melhores datas de pagamento, antecipar o destino de recursos financeiros para as despesas etc.. Despesas que ocorrem em épocas específicas como o pagamento do IPTU e do IPVA, por exemplo, aumentam a necessidade de recursos naquela determinada época e você deve estar preparado para isso.

O planejamento também pode ajudar a lidar com imprevistos. Um vazamento de água é um bom exemplo desse tipo de situação. Ele não avisa que vai acontecer e quando você descobre tem que resolver o mais rápido possível. A quem recorrer para resolver? Como entro em contato? Quanto vai custar? Quanto tenho de reserva? Quanto vou pagar de água esse mês?

As necessidades e os desejos devem ser incluídos no planejamento. Necessidades são itens indispensáveis, essenciais à vida independentemente de qualquer consideração. Os desejos são itens que você pode querer possuir sejam eles necessários ou não. Podemos fazer a seguinte associação: água é uma necessidade, todos nós precisamos beber água, mas beber vinho é um desejo. As necessidades são escolhas mais racionais enquanto os desejos são mais emocionais. Necessidades e desejos identificados, você consegue estabelecer prioridades, metas e objetivos o que ajudará muito na gestão de suas finanças.

  • Ao fazer o planejamento você pode prever o que deve acontecer no próximo mês. Os valores de um mês servem para prever os valores do mês seguinte e você pode antecipar as despesas que ocorrem em épocas específicas.

    Com o apoio da atividade de planejar você estará em condições de tomar decisões estruturadas e conscientes. O planejamento oferecerá uma visão clara dos recursos disponíveis, das necessidades, dos desejos, das metas e objetivos estabelecidos e diante de tudo isto você poderá escolher como destinar seus recursos e da melhor maneira (a vista ou a prazo).

    Como se pode ver o orçamento familiar é um instrumento muito útil para gestão das finanças. O principal em minha opinião. Deve ser elaborado com bastante atenção e também é preciso ter em mente que poderá sofrer mudanças e ajustes. Outro ponto que se deve ter em mente é que todo este trabalho também permite obter resultados além dos financeiros. Afinal de que adiantaria todo este trabalho apenas para aumentar o saldo da conta bancária?

    Existem muitas coisas interessantes na vida. Abraço e até a próxima.

 

 

Acompanha, avaliar e aproveitar

Acompanhar, avaliar e aproveitar

OPA! Tudo bem com vocês?

A execução das atividades Organizar e Planejar da OPA resulta no orçamento familiar ou pessoal. Mas é preciso Acompanhar os acontecimentos, é preciso verificar se tudo está acontecendo de acordo com o planejado. Nesta atividade acompanha-se a renda e as despesas. Como as despesas têm mais fontes, acompanhá-las toma mais tempo. Outro ponto importante a observar é que a renda, geralmente, tem um comportamento mais previsível do que as despesas.

É importante identificar as variações dos valores das despesas e encontrar explicações. Podem ser consideradas variações normais, podem indicar situações atípicas ou indicar problemas. Acompanhar é a atividade que fornece informações para tomada de decisões e, se preciso refazer o planejamento corrigindo os rumos do orçamento.

Acompanhar e Avaliar são atividades que são executadas, em certa proporção, simultaneamente, principalmente quando se dedica ao acompanhamento das despesas. Ao se constatar que a despesa do supermercado aumentou você está avaliando. Mas existem muitas avaliações que devem ser feitas. Avaliar também contribui para tomada de decisões. Observo também que essas atividades podem ser realizadas de formas diferentes, considerando as características específicas de cada pessoa ou família.

Entre todas as avaliações a que considero a mais importante é a que verifica se a renda é maior ou menor que as despesas, se você ganha mais do que gasta ou não. É aquela história de ver se está no vermelho. A importância dessa avaliação é óbvia, assim como as decisões decorrentes do resultado dela. É o momento que pode indicar a necessidade de ajustes e reformulações.

Já vimos que no planejamento você estabelece metas e objetivos e é importante avaliar se as metas foram atingidas e os objetivos foram alcançados. São as avaliações que indicam se o orçamento planejado foi bem sucedido.

Todo este trabalho deve ser feito para você poupar, isto é, para que o total dos seus rendimentos seja maior que o total das despesas. Não confunda com a caderneta de poupança. Poupar é um objetivo natural do orçamento e você pode estabelecer outros. Os objetivos podem ser monetários, comprar uma bicicleta, ou não monetários, fazer um curso de pós-graduação.

Digamos que você alcançou o objetivo de comprar uma bicicleta. Então você poderá passear com os amigos no final de semana e fazer exercícios, você vai usar a bicicleta para curtir momentos agradáveis. Vai aproveitar a vida! OPA! Todo o trabalho que teve com o orçamento será recompensado.

Essa recompensa, ou o retorno, de todo o trabalho feito até aqui eu chamei de Aproveitar, a melhor de todas as atividades, e você pode Aproveitar de várias maneiras. Dependendo do resultado da avaliação é claro.

Uma delas, e por sinal muito importante, é investir. Não deixe o dinheiro que poupou parado, invista uma parte dele. Existem atualmente diversas alternativas de investimento, mas é preciso avaliar – olha a atividade de avaliação de novo – qual delas é a mais adequada ao seu perfil.

Que outras formas de Aproveitar você está pensando? Viagens, shows, passeios, etc., existem muitas. Você também pode aproveitar comemorando quando se alcança um objetivo ou uma meta. Os resultados antes de chegar ao objetivo podem ser comemorados também. Sair para comer uma pizza, ir ao cinema, tomar uma cerveja artesanal, levar as crianças ao parque, etc. são exemplos de alternativas. São eventos mais simples, mas igualmente importantes e motivadores, afinal a ideia é, repito, aproveitar o resultado do trabalho.

  • Vinícius de Moraes na sua música Testamento já dizia:

“Você que só ganha pra juntar

O que é que há, diz pra mim, o que é que há?

Você vai ver um dia

Em que fria você vai entrar

Por cima uma laje

Embaixo a escuridão

É fogo, irmão! É fogo, irmão!”

E o que adiantou juntar não é. Pense bem! E para te ajudar a pensar sobre isso, transcrevo a continuação da música:

“Pois é, amigo, como se dizia antigamente, o buraco é mais embaixo… E você com todo o seu baú, vai ficar por lá na mais total solidão, pensando à beça que não levou nada do que juntou: só seu terno de cerimônia. Que fossa, hein, meu chapa, que fossa…”

 

Clique aqui para escutar a música: https://www.letras.mus.br/vinicius-de-moraes/86746/

 

 

De volta a OPA, assim você finaliza um ciclo, mas já tem que iniciar outro. Porém você não recomeça do zero, pois com o orçamento concluído está pronta a visão do mês atual e a previsão para o mês seguinte. Com certeza serão necessários ajustes, sempre acontece algum imprevisto ou algo extra como a comemoração de um aniversário que não pode passar em branco. É a hora de refazer o planejamento.

E para finalizar, lembre-se de que tudo tem seu tempo! O tempo necessário para alcançar um objetivo depende do tipo de objetivo estabelecido. Nesse intervalo de tempo ocorrerão muitos ciclos da OPA, em geral um ciclo por mês, e para cada ciclo um ajuste no orçamento. Quanto ao tempo, faço as seguintes observações:

 

  1. É um elemento muito importante,
  2. Você não tem controle sobre ele, e
  3. Impõe a necessidade de uma estratégia acumulativa.

A OPA não perde de vista essas características do tempo e a ideia é ajudar a obter êxito e principalmente uma vida mais organizada e tranquila.

Um abraço e até a próxima.